Negócios

HSBC Asset compra bônus de exportadores de commodities

Valor de ativos caiu muito com a queda nos preços do petróleo e se tornou atrativo, disse a vice-presidente de produto para mercados emergentes


	HSBC: banco disse que os ativos sob gestão em seu fundo focado em mercados emergentes cresceram 30 por cento no ano passado
 (Ben Stansall/AFP)

HSBC: banco disse que os ativos sob gestão em seu fundo focado em mercados emergentes cresceram 30 por cento no ano passado (Ben Stansall/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2015 às 12h22.

Dubai - O HSBC Global Asset Management, uma divisão do HSBC, está comprando bônus de países exportadores de commodities, pois o valor deles caiu muito com a queda nos preços do petróleo, disse a vice-presidente e especialista sênior de produto para mercados emergentes, Olga Yangol.

A empresa, que administrava 454 bilhões de dólares em ativos ao final de dezembro, também está aumentando sua exposição às desvalorizadas moedas de países como Rússia e Brasil devido aos valores atrativos, disse Olga.

"Estamos voltando a focar em exportadores de commodities, onde os valores se tornaram mais atrativos", afirmou.

O HSBC disse que os ativos sob gestão em seu fundo focado em mercados emergentes cresceram 30 por cento no ano passado e continuam a aumentar, mas não forneceu números específicos.

"Estamos aproveitando a oportunidade de elevar exposição ao Brasil desde o começo desse ano. Não apenas (a títulos) soberanos, mas também a alguns nomes corporativos que têm exposição limitada ao escândalo (da Operação Lava-Jato), mas tiveram vendas generalizadas numa aversão de risco geral diante das manchetes", afirmou Olga.

O escândalo de corrupção na Petrobras custou bilhões de dólares a detentores de bônus e conforme a companhia se vê diante de baixas contábeis maciças, investidores estão se preparando para mais prejuízos.

A gestora de ativos do HSBC está selecionando companhias nos setores brasileiros de energia e construção que sofreram independentemente de qualquer ligação à Petrobras ou ao escândalo e tenham diversificado fontes globais de receita, disse Olga.

Os mercados podem sofrer mais volatilidade enquanto se preparam para que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, comece a elevar as taxas de juros do país no decorrer deste ano, e Olga descreveu as perturbações como oportunidades.

"Quando o ciclo de alta começar, haverá mais volatilidade e potencial ampliação de spreads. Para nós isso apresenta uma oportunidade de aumentar exposição nos países mais fortes." Além de exposição ao real e ao rublo, a HSBC Asset está apostando no peso mexicano e no zloty polonês.

Acompanhe tudo sobre:BancosCommoditiesEmpresasEmpresas inglesasEnergiaHSBCPetróleo

Mais de Negócios

Como o Brasil entrou no top 3 desta gigante suíça que fatura US$ 3 bilhões com skincare e injetáveis

De tabuleiro a parceira com o Japão: a milionária aposta do Ceará em jogos

Pop Mart dispara após aumento de mais de cinco vezes na receita internacional no 3º trimestre

Sem investidores, startup deve faturar milhões com 'remendas' para melhorar a gestão das empresas