A Hitachi foi uma das muitas companhias japonesas, especialmente montadoras de automóveis, a ser prejudicada por fechamentos de fábricas e boicotes de consumidores na China (Toru Hanai/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2012 às 13h21.
Tóquio - A japonesa Hitachi anunciou queda de 15,4 por cento em seu lucro operacional no período de julho a setembro, resultado inferior ao esperado, devido à queda de demanda causada pela fraqueza na economia mundial e ao efeito de custos de reestruturação.
O grupo japonês de engenharia informou que as exportações à China, Índia, Brasil e Europa caíram devido ao crescimento lento e à incerteza que continua a existir quanto à economia mundial.
A Hitachi também foi uma das muitas companhias japonesas, especialmente montadoras de automóveis, a ser prejudicada por fechamentos de fábricas e boicotes de consumidores na China, no mês passado, durante violentos protestos quanto ao controle de ilhas localizadas no Mar do Leste da China.
O lucro de 100 bilhões de ienes (1,25 bilhão de dólares) anunciado na terça-feira ficou abaixo da previsão média de 108,5 bilhões de ienes de quatro analistas consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S.
"Houve impacto considerável, especialmente da China, sobre a divisão de equipamento para construção. Também vimos deterioração no mercado indiano. A divisão automotiva também está sofrendo impacto da China. Antecipamos que o impacto da China exerça seu maior efeito no segundo semestre deste ano fiscal, e até o ano que vem", disse Toyoaki Nakamura, vice-presidente executivo da Hitachi.
O grupo japonês acrescentou nesta terça-feira que fechou acordo para comprar o recém construído projeto nuclear Horizon, pagando 696 milhões de libras (1,12 bilhão de dólares) pelo empreendimento.
As empresas alemãs E.ON AG e RWE AG formaram a joint venture Horizon Nuclear Power em 2009 para buscar a construção de estações de energia nuclear no Reino Unido.
A Hitachi, que tem duas joint-ventures nucleares com a General Electric, espera mais do que dobrar as vendas de seus negócios desse setor, para 360 bilhões de ienes, até 2020.