Negócios

Kirin não pode dar cheque em branco para a Schincariol, diz Financial Times

Companhia japonesa teria pago um preço alto por uma operação sem sinergia, segundo o jornal britânico

Brasil é o terceiro maior mercado de cerveja do mundo (Divulgação)

Brasil é o terceiro maior mercado de cerveja do mundo (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 18h56.

São Paulo - Nem todo mundo está vendo com bons olhos o negócio fechado entre a japonesa Kirin e a brasileira Schincariol. De acordo com um artigo publicado no Financial Times (FT), na última terça-feira (2/8), o preço pago pelo controle da cervejaria brasileira é considerável.

A Kirin adquiriu 50,45% da Schin por aproximadamente 4 bilhões de reais.

Ainda segundo o FT, apesar de haver lógica no negócio, uma vez que a Schincariol é a porta de entrada da companhia asiática no mercado brasileiro, não há sinergias concretas na operação.

"A Kirin não possui outro ativo importante na América Latina e não sinalizou que está pensando nisso", disse o jornal.

O Brasil está entre os três maiores mercados de cerveja do mundo e o consumo da bebida vem crescendo mais de 10% ao ano. No entanto, a Ambev detém cerca de 70% desse setor, a Schin, por sua vez, tem pouco mais de 10% de participação.

"A Kirin é inteligente para comprar empresas estrangeiras, mas ela não deve assinar cheque em branco", afirmou o artigo do FT.

A companhia japonesa justificou que a aquisição faz parte do plano estratégico da Kirin para 2015: o de explorar novas oportunidades de negócios em outros mercados, além do asiático.
 

Acompanhe tudo sobre:BebidasEficiênciaEmpresasEmpresas japonesasFusões e Aquisiçõesgestao-de-negociosIneficiênciaKirinNegociaçõesSchincariol

Mais de Negócios

Uma vaquinha de empresas do RS soma R$ 39 milhões para salvar 30.000 empregos afetados pela enchente

Ele fatura R$ 80 milhões ao transformar gente como a gente em palestrante com agenda cheia

A nova estratégia deste grupo baiano para crescer R$ 1 bilhão em um ano com frotas

Experiente investidor-anjo aponta o que considera 'alerta vermelho' ao analisar uma startup