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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Brasília - Os Correios fecharam o mês de maio com um faturamento 17% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. Nos cinco primeiros meses do ano, a expansão do faturamento foi de 9,8%, na comparação com igual período de 2009, atingindo R$ 5,27 bilhões.
A informação foi dada hoje pelo presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, que esteve reunido com o ministro das Comunicações, José Artur Filardi. Filardi e Custódio tinham uma reunião agendada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início da noite de hoje, mas o encontro foi cancelado, segundo o ministro, por problemas na agenda do presidente.
Segundo Filardi, o tema do encontro com Lula não eram as demissões nos Correios, mas sim a Medida Provisória que transforma os Correios em Sociedade Anônima (S/A). No entanto, ele disse que aproveitaria a reunião para ter um posicionamento sobre as informações que têm sido veiculadas sobre a insatisfação do presidente com a direção dos Correios.
O presidente dos Correios evitou responder a questionamentos sobre a sua gestão, mas ao anunciar os resultados da empresa, disse: "Já viu o fracasso incomodar?". Segundo ele, nos Estados Unidos, a empresa dos correios vai fechar o ano com US$ 7 bilhões de prejuízo.
Custódio ainda informou que os Correios já têm quatro anos de lucro operacional, o que nunca tinha ocorrido antes. A empresa já pagou, segundo ele, mais de R$ 2 bilhões em dividendos e impostos para o Tesouro Nacional e figura entre as empresas com maior índice de confiança da população brasileira.
O presidente da empresa reconheceu os problemas ocorridos, no período de janeiro a março deste ano, como atrasos na entrega de correspondências, mas afirmou que o índice de qualidade dos Correios já está superior ao de 2009.
O ministro Filardi admitiu que os Correios têm algumas deficiências, principalmente de pessoal. Segundo ele, foi feito um Plano de Demissão Voluntária (PDV) em 2009 e foi aberta inscrição para concurso público para preenchimento de 6.565 vagas, que teve um milhão de inscritos. No entanto, como estamos em um ano eleitoral, o concurso teria que ser homologado até o dia 2 de julho, e não haverá tempo hábil. O presidente dos Correios completou dizendo que, de imediato, há uma carência na empresa de 3 mil pessoas.