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Fannie Mae deixa de pedir ajuda aos EUA graças a lucros

O lucro líquido de 2,7 bilhões de dólares deste período foi suficiente para pagar os dividendos que devia ao Tesouro americano

Desde 2008, o Tesouro americano injetou 116,1 bilhões de dólares na empresa para evitar sua quebra, adquirindo ações preferenciais (Karen Bleier/AFP)

Desde 2008, o Tesouro americano injetou 116,1 bilhões de dólares na empresa para evitar sua quebra, adquirindo ações preferenciais (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 11h00.

Washington - A gigante americana do refinanciamento hipotecário Fannie Mae anunciou nesta quarta-feira que os lucros obtidos no primeiro trimestre lhe permitiam deixar de pedir ajuda ao Estado federal.

O lucro líquido deste período, de 2,7 bilhões de dólares contra uma perda de 8,7 bilhões um ano antes, foi suficiente para pagar os dividendos que devia ao Tesouro americano, indicou o grupo.

"Os resultados de hoje mostram os progressos formidáveis que fizemos desde 2009. Nossos resultados financeiros melhoraram consideravelmente e conseguimos limitar, em nossas atividades, as perdas que herdamos de um período anterior à crise", declarou o diretor-geral Michael Williams, citado em um comunicado.

Durante o primeiro trimestre, "nossas perdas no crédito baixaram de maneira importante graças à estabilização dos preços das casas, de uma diminuição da mora e da venda de bens embargados a preços competitivos em comparação com o mercado".

"Prevemos que nossos resultados financeiros serão muito melhores em 2012 que em 2011", acrescentou.

Fannie Mae e Freddie Mac - outro organismo de refinanciamento hipotecário paraestatal - foram colocados sob a tutela do Estado em setembro de 2008 diante do risco de colapso devido ao seu forte endividamento.

Desde então, o Tesouro americano injetou 116,1 bilhões de dólares na empresa para evitar sua quebra, adquirindo ações preferenciais.

O Estado federal lhes concedeu uma linha de crédito ilimitada para superar a crise e entre 2008 e 2009 comprou uma grande quantidade de títulos associados a empréstimos hipotecários para permitir que seguisse se financiando e para apoiar o mercado imobiliário.

A ajuda pública à Fannie Mae e Freddie Mac foi um pilar da política expansiva de Washington para reativar a economia. Estes dois organismos possuem ou garantem mais de 40% dos empréstimos imobiliários do país.

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