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Embraer vê como natural intimação sobre negócio com Boeing

"Achamos natural esse tipo de questionamento, e vamos obviamente apresentar nossa defesa", disse vice-presidente financeiro

Embraer foi intimada a oferecer manifestação por escrito em ação judicial que pede liminarmente a suspensão das negociações para formação de uma joint venture com a Boeing (Pascal Rossignol/Reuters)

Embraer foi intimada a oferecer manifestação por escrito em ação judicial que pede liminarmente a suspensão das negociações para formação de uma joint venture com a Boeing (Pascal Rossignol/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2018 às 12h11.

Última atualização em 31 de julho de 2018 às 12h13.

São Paulo - O vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Nelson Salgado, afirmou nesta terça-feira, 31, que vê como natural os questionamentos em relação ao negócio com a Boeing.

Na noite de segunda-feira, 30, a Embraer divulgou um fato relevante informando que foi intimada a oferecer manifestação por escrito em ação judicial que pede liminarmente a suspensão das negociações para formação de uma joint venture com a Boeing. A ação foi movida por um grupo de deputados do PT, formado por Paulo Pimenta (RS), Carlos Zarattini (SP), Nelson Pellegrino (SP) e Vicente Cândido (SP).

"Achamos natural que haja esse tipo de questionamento, vamos obviamente apresentar nossa defesa em relação a isso. Estamos tranquilos que o processo vai seguir seu curso normalmente, até porque toda a governança está sendo seguida à risca", disse, em teleconferência com a imprensa para comentar os resultados do segundo trimestre.

Quanto aos questionamentos dos acionistas minoritários em relação ao acordo com a norte-americana, o executivo ressaltou que a parceria proposta não altera a estrutura minoritária da Embraer. "Acreditamos que essa operação vai trazer ganhos operacionais que vão beneficiar todos os acionistas, não há nenhum tratamento diferenciado (...) Não há um cenário de oferta pública de aquisição ou alteração de controle na proposta, na nossa interpretação", concluiu.

Salgado disse ainda que não há novidades a reportar ao mercado sobre o acordo com a Boeing. Se limitou a comentar que as companhias estão "avançando bastante" na negociação dos documentos definitivos, que, pelo cronograma das empresas, devem ser fechados até outubro ou novembro deste ano.

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