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Cielo e o desafio estatístico de crescer seu próprio tamanho

Além do aumento de market share, empresa viu seu lucro crescer 13% no primeiro semestre


	Metade das máquinas da Cielo já operam com a tecnologia sem fio
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Metade das máquinas da Cielo já operam com a tecnologia sem fio (ARQUIVO)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 7 de maio de 2013 às 11h32.

São Paulo – A entrada de novos concorrentes e as mudanças no cenário macroeconômico do país parecem não ter abalado a operação da Cielo, atual líder no segmento de cartões no país. A empresa de serviços financeiros apresentou lucro de 641 milhões de reais de janeiro a março, número 13% maior ao apresentado no ano passado, e ganho de participação de mercado para os atuais 54,2%.

O desafio agora é continuar crescendo em um mercado mais maduro, com aumento estimado em 15% ao ano e em cima de números já robustos apresentados pela própria companhia.

“O próprio tamanho da Cielo faz com que o crescimento seja um desafio estatístico, já que para crescer precisamos crescer quase que o nosso tamanho”, afirmou Rômulo Dias, presidente da companhia em entrevista agora tarde.

Até agora, a companhia enfrentava de igual dois concorrentes de peso: Redecard e Santander. Mas, a partir deste ano, a entrada de novos rivais e a maturação do negócio de outros que já estavam no país, como a americana Elavon, pode acabar sendo um entrave para tal crescimento.

Ainda assim, Dias acredita que haja espaço para todos crescerem. E a empresa não pretende mudar estratégias ou o foco em rentabilidade para competir com os demais.

“Nosso foco ainda continua nas pequenas e médias empresas com base em nossa estratégia de canais e distribuição”, disse Rômulo. “Quando se sai do eixo Rio-São Paulo há possibilidades interessantes com diversos lugares que ainda não se valem do cartão”.

Sem fio

De acordo com Rômulo, metade das maquininhas da empresa de serviços financeiros hoje é de aparelhos sem fio. Um número que a companhia acredita aumentar cada vez mais com a transição de comportamento dos usuários e comerciantes, além da melhora da tecnologia em alguns lugares do país.

“A parceria recente que fechamos com o Facebook e a que já mantemos com a Oi são exemplos de como queremos avançar no sentido de oferecer mais serviços que tragam mobilidade”, afirmou o executivo.

Atualmente, a Cielo conta com 1,300 clientes ativos no país, pessoas que fizeram transações nos últimos 60 dias. A participação de mercado, aos poucos, também vem crescendo, segundo dados da empresa.

No final do ano passado, se considerado apenas as três principais empresas do setor de cartões, a participação da Cielo subiu de 54,09% para 54,21%. A porcentagem melhora um pouco mais se levado em conta apenas os dois principais rivais, Cielo e Redecard: o market share foi de 56,60% para 56,9% no mesmo período. 

 

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