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China busca renegociar com Shell antes de aprovar fusão

Para a Shell, qualquer revisão dos contratos com a China poderia diluir os benefícios financeiros de curto prazo


	Shell: qualquer revisão dos contratos com a China poderia diluir os benefícios financeiros de curto prazo
 (Wikimedia Commons)

Shell: qualquer revisão dos contratos com a China poderia diluir os benefícios financeiros de curto prazo (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 13h59.

Londres/Pequim - Reguladores chineses que analisam a oferta de fusão da Shell com a BG estão pressionando a empresa anglo-holandesa por condições mais vantajosas em contratos de fornecimento de gás de longo prazo, em um movimento que poderia lançar nova dúvida sobre os benefícios de curto prazo do negócio de 70 bilhões de dólares.

Para a China, a oportunidade renegociar os contratos existentes com Shell para fornecimento de gás natural liquefeito (GNL), que deverão responder, junto com o gás da BG, por cerca de 30 por cento das importações do país até 2017, vem em um momento ideal, pois o maior consumidor de energia do mundo enfrentará uma grande abundância ao longo dos próximos cinco anos.

Para a Shell, qualquer revisão dos contratos com a China poderia diluir os benefícios financeiros de curto prazo de uma fusão que já tem gerado preocupação entre alguns investidores e analistas por causa dos preços baixos do petróleo.

A Shell declarou que queria se tornar o principal comerciante do mundo de GNL, quando anunciou a proposta de aquisição da BG em abril.

A conclusão do negócio também permitirá que a companhia se torne a principal sócia da Petrobras no pré-sal.

A proposta da Shell pela BG já teve o aval de órgãos no Brasil e na União Europeia.

Também obteve aprovação de um regulador da Austrália nesta quinta-feira, mas ainda requer o sinal verde da China.

Um porta-voz da Shell não quis comentar sobre uma renegociação de contratos existentes de GNL, e reiterou que a fusão deve ser concluída no início de 2016. Já o Ministério do Comércio da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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