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Banco do Brasil foca em crédito de baixo risco

Em divulgação de resultados, vice-presidente comenta as principais estratégias do banco e as diretrizes que irão guiá-lo nos próximos trimestres


	Em divulgação de resultados, vice-presidente do Banco do Brasil também comentou as principais estratégias do banco
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Em divulgação de resultados, vice-presidente do Banco do Brasil também comentou as principais estratégias do banco (Adriano Machado/Bloomberg)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 14h24.

São Paulo - Nesta quinta-feira, o Banco do Brasil divulgou os resultados do terceiro trimestre. O lucro líquido foi de R$2,8 bilhões, alta de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em coletiva de imprensa, Ivan de Souza Monteiro, vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores, também esclareceu as principais estratégias do banco e as diretrizes que irão guiá-lo nos próximos trimestres.

A carteira de crédito ampliada cresceu 12,3% em 12 meses. Com perfil conservador, o foco foi em linhas de crédito de menor risco para pessoas físicas – como crédito consignado, CDC salário, financiamento de veículos e imóveis.

Esse segmento alcançou 76,1% do total da carteira, crescimento de 13,7% em 12 meses. “A carteira de crédito tem que ser resiliente em ambientes turbulentos. Ela está sendo e vai continuar assim”, afirmou o vice-presidente.

Além disso, também foram destaque o financiamento imobiliário e o crédito ao agronegócio, com evolução de 73,1% e 21,8%, respectivamente.

A estratégia do banco é investir cada vez mais em empréstimos de menor risco, para diminuir a inadimplência, que hoje atinge 2,09%. “Nosso índice de inadimplência é o menor em cinco anos”, disse Monteiro. “Vamos sacrificar o retorno para diminuir o risco”.

Crédito para empresas

O crédito para empresas encerrou setembro com R$342 bilhões, crescimento de 12,9% em 12 meses e 2% em relação ao trimestre anterior. O Banco do Brasil manteve-se como principal parceiro a micro e pequenas empresas: o saldo da carteira de crédito alcançou R$101,5 bilhões, alta de 7,5% em 12 meses.

Mesmo para MPEs, um segmento naturalmente de maior risco, o banco investe em empréstimos mais seguros. Clientes mais antigos, com mais de 10 anos de casa, receberam 39,6% das concessões.

No caso de crédito a grandes empresas, Monteiro afirma que continuarão focando em infraestrutura e investimentos a longo prazo. “O Brasil é um país complexo e interessante, e demanda investimentos a longo prazo”, afirmou.

Banco Postal

Monteiro também comentou sobre a integração com o Banco Postal, que deve ser finalizada até o fim do ano.

“Estamos preparando o business plan e definindo os produtos que serão oferecidos”, afirmou Monteiro. Os produtos do banco postal estão sendo analisados um a um, para verificar o que deve ser adaptado. Também estão treinando de funcionários e adaptando os sistemas.

Planos de futuro

O executivo também apresentou alguns planos para os próximos cinco anos. “O Banco do Brasil vai apoiar o setor produtivo, porém tentando melhorar os processos do banco virtual, os canais de internet e mobile”, disse Monteiro.

Aos poucos, irão migrar as operações bancárias realizadas por meio da internet e dispositivos móveis, para melhorar a eficiência. Uma transação feita pelo meio digital é “infinitamente mais barata” que uma feita por caixa automático ou na agência, segundo Monteiro.

Por isso, irão desenvolver novos serviços para esses canais, como o recém-lançado aplicativo de financiamento de veículos. Daqui a 15 dias, clientes poderão simular como ficará o financiamento do carro a partir do celular. A partir de janeiro de 2015, já poderão contratar o financiamento, direto do celular.

Com mais serviços online, a taxa de reposição de funcionários também tende a diminuir, contou o vice-presidente, na medida em que os funcionários forem se aposentando.

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