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Após faturar R$ 330 milhões em 2021, Certisign lança startup e mira operação global

Uma das pioneiras em certificação digital no país, empresa do Rio de Janeiro cria frentes de negócio e quer vender para América do Norte e Europa. Nesse setor, ser do Brasil ajuda

Jorge Mendoza Lozano, CEO da Certisign: "Agora, com tecnologias mais maduras, a empresa está pronta para trabalhar em países na Europa e América do Norte com soluções desenvolvidas no Brasil e que já foram testadas em nosso país" (Divulgação/Divulgação)

Jorge Mendoza Lozano, CEO da Certisign: "Agora, com tecnologias mais maduras, a empresa está pronta para trabalhar em países na Europa e América do Norte com soluções desenvolvidas no Brasil e que já foram testadas em nosso país" (Divulgação/Divulgação)

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Leo Branco

Publicado em 18 de setembro de 2022 às 09h47.

Última atualização em 19 de setembro de 2022 às 16h14.

Uma das pioneiras em certificação digital no Brasil, a carioca Certisign prepara uma expansão internacional ambiciosa para os próximos anos.

O pontapé para o movimento foi o lançamento da izihub, uma startup interna divulgada ao mercado em agosto.

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Onde estão os negócios da izihub

O novo negócio tem atuação em quatro frentes:

  • izipass: Carteira digital com controle dos dados ao usuário, capaz de compartilhar só o necessário para determinada ação.
  • izibiz: Plataforma com foco em empresas para prevenção de riscos e fraudes.
  • izisign: Software para assinatura digital de documentos com validade jurídica. Garante o tracking de ações entre empresas e pessoas em tempo real.
  • izibank: Serviço de identificação visual para aumentar a segurança das transações bancárias.

Fundada há 26 anos, a Certisign faturou 330 milhões de reais em 2021.

"Com as novas soluções, a expectativa é triplicar o valor nos próximos anos", diz Jorge Mendoza Lozano, CEO da companhia desde 2018.

Por que ser do Brasil ajuda

O fato de ser uma empresa brasileira é uma vantagem na expansão internacional, avalia Lozano.

"O Brasil é o país que mais utiliza mais certificação digital para assinar documentos privados e se diferencia dos outros países, pois na maioria, quem emite certificados são os governos e não certificadoras autenticadas como a Certisign", diz ele.

O volume de usuários digitais no Brasil também ajuda na expansão internacional. “Só em crédito consignado, por exemplo, contabilizamos cerca de 8 bilhões de fraudes por ano”, diz.

Muito em função da cultura cartorial do ambiente de negócios no Brasil, o país hoje tem tecnologia de ponta nas certificações digitais.

"A indústria puxou para a utilização de assinaturas de empresas privadas e outros países ainda não fazem uso dessa iniciativa."

A operação fora do Brasil ganhou força há cinco anos, com a abertura de um escritório da Certisign no Peru.

"Agora, com tecnologias mais maduras, a empresa está pronta para trabalhar em países na Europa e América do Norte com soluções desenvolvidas no Brasil e que já foram testadas em nosso país", diz.

Fundada em 1996, a Certisign está atualmente na categoria das IDTechs, empresas com tecnologias para assegurar a identidade de indivíduos na internet.

A empresa adota inteligência artificial e blockchain para promover o conceito de identidade descentralizada e com a possibilidade de ser averiguada por vários métodos.

Atualmente, 12 milhões de pessoas físicas e empresas adotam a tecnologia da Certisign no Brasil. Entre os principais clientes da Certisign estão bancos, seguradoras, instituições de saúde e de educação.

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