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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.
Washington - O acordo preliminar entre a Intel, que acaba de reportar resultados trimestrais excelentes, e as autoridades antitruste dos Estados Unidos impõe um pouco menos de flexibilidade ao marketing da maior fabricante mundial de chips, mas não acarreta punição em dinheiro.
O acordo entre a Intel e a Federal Trade Commission (FTC) norte-americana não impôs penalidades monetárias, mas vai requerer que a fabricante de chips expanda aos chips gráficos as mudanças adotadas como parte do acordo que assinou em novembro com a Advanced Micro Devices, de acordo com uma fonte próxima à agência.
O acordo --que estava sendo preparado há meses, mas cujos termos não foram revelados-- também regulará o uso de descontos por volume, da parte da Intel, na venda de CPUs e placas gráficas, segundo a fonte, que pediu que seu nome não fosse mencionado porque o acordo ainda não foi concluído.
A Intel vem sofrendo ataques dos fabricantes rivais de chips há anos devido às suas táticas agressivas de vendas e formação de preços. A empresa fabrica 80 por cento do total mundial de CPUs, os cérebros dos computadores pessoais.
Embora a FTC e os advogados da Intel tenham chegado a um acordo preliminar que suspendeu o processo judicial contra a empresa em 21 de junho, os cinco comissários da FTC continuam a discutir seus termos.
Sexta-feira é a data-limite para a decisão final, embora possa haver adiamento ou, como no caso de qualquer outra negociação, as partes possam fracassar em obter acordo.
"Há discussões em curso, e nada mais temos a acrescentar a essa altura," disse Chuck Molloy, porta-voz da Intel.
A empresa nega quaisquer delitos.
A FTC não quis comentar o assunto.
Patrick Wang, analista da Wedbush Securities, disse que o acordo preliminar não mudaria de forma significativa o panorama dos chips ou a capacidade da Intel para reter participação dominante.
Mas ele apontou para o fato de que as vendas da AMD subiram desde seu acordo com a Intel.
"O impacto virá mais em médio e longo prazo," disse.