Shell: o negócio - que pode se tornar o maior do setor nesta década - depende agora apenas de uma decisão dos acionistas do BG (Neil Hall/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 13h24.
Londres - Acionistas da Shell aprovaram nesta quarta-feira a oferta de quase US$ 50 bilhões pela compra do BG Group.
O negócio - que pode se tornar o maior do setor nesta década - depende agora apenas de uma decisão dos acionistas do BG, que se reúnem amanhã para discutir o assunto.
Os planos de aquisição da Shell se dão em um contexto de queda dos preços de petróleo, o que levou alguns investidores a questionar o tamanho da oferta.
A direção da petroleira argumentou que o negócio faz parte de uma reestruturação da empresa e que a produção da BG rapidamente trará resultados.
A Shell afirmou que ter tomado a decisão com base em um cenário em que o preço do petróleo está na casa dos US$ 50 por barril. Atualmente, o barril está cotado na casa dos US$ 31.
"Convenhamos, se eu fosse a Shell hoje, com esses preços, eu provavelmente não teria feito uma oferta tão assertiva", disse um analista da Bernstein. "Mas esta não é uma aposta no preço do petróleo. A geração de valor é focada no longo prazo."
A aquisição da BG deve tornar a Shell um gigante de gás liquefeito. A empresa também ganha acesso a campos de petróleo na costa do Brasil.
Segundo o executivo-chefe da Shell, Ben van Beurden, o negócio é "uma enorme oportunidade de criar valor para ambos os grupos de acionistas". 83% dos acionistas votaram a favor da aquisição.
"Estou muito contente com o apoio e a confiança dada pelos acionistas à lógica estratégica da combinação da Shell com a BG. Aguardamos agora a decisão do BG", disse Beurden.