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3,7 milhões de empresas se mantiveram no mercado em 2011

Estudo do IBGE afirma que número de empresas que se mantiveram no mercado de um ano para o outro chegou a 3,7 milhões em 2011

Profissionais da construção: dentro das empresas com pessoal assalariado novas no mercado, os maiores percentuais de entrada foram registrados na construção (Elza Fiúza/ABr)

Profissionais da construção: dentro das empresas com pessoal assalariado novas no mercado, os maiores percentuais de entrada foram registrados na construção (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 10h23.

Rio de Janeiro - O número de empresas que se mantiveram no mercado de um ano para o outro chegou a 3,7 milhões em 2011. No total, 4,5 milhões de empresas estavam ativas no país naquele ano. Além disso, 871,8 mil (19,2%) eram empresas novas que estavam entrando no mercado ou que retornaram à ativa no ano do estudo. Já as empresas que saíram do mercado somaram 854 mil (19% do total). É a primeira vez que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz esse detalhamento. Os dados fazem parte do estudo Demografia das Empresas 2011.

As 4,5 milhões de empresas ativas ocupavam 39,3 milhões de pessoas, em 2011, das quais 83,2%, ou 32,7 milhões, eram assalariadas. O restante era formado por sócios ou proprietários. Essas empresas tinham idade média de 9,8 anos.

Considerando apenas os 2,2 milhões de unidades com pessoal assalariado (49,5% das empresas ativas), se observa que 90,4%, ou o correspondente a 2 milhões de empresas, eram sobreviventes em 2011, 9,6% eram empresas novas e 4%, empresas que deixaram o mercado. Dentro das empresas com pessoal assalariado novas no mercado em 2011 (9,6%), os maiores percentuais de entrada foram registrados nas atividades econômicas da construção (18,4%), outras atividades de serviços (12,5%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (12,1%).

Já as menores taxas foram encontradas em saúde humana e serviços sociais (7,1%), indústrias extrativas e atividades financeiras (7,3%) e educação (8%). Essas atividades, entretanto, mostraram as maiores taxas de sobrevivência das empresas no ano pesquisado, segundo o IBGE, da ordem de 92,9%, 92,7% e 92%, respectivamente.

A taxa de sobrevivência nas empresas com até nove pessoas ocupadas alcançou 89%, em 2011, percentual que se elevou a 96,1% para as empresas com dez ou mais empregados.


O estudo do IBGE mostra que o Sudeste e o Nordeste lideraram as regiões brasileiras em pessoal ocupado em novas empresas, com 52,4% e 17,3%, respectivamente, do pessoal assalariado total vinculado às entradas de empresas no mercado, em 2011. Até 2009, a liderança nesse setor era exercida pelo Sudeste e Sul. Já as regiões Norte e Nordeste apresentaram, em 2011, as maiores taxas de entrada (14,6% e 12,7%) e de saída (7,4% e 6,2%) de empresas do mercado.

“Porque você tem um número menor de empresas. Então, qualquer movimento de entrada ou de saída gera impacto maior nessas regiões, do que quando a gente tem esses movimentos no Sudeste, por exemplo. Na hora que você faz a conta, as taxas de entrada e de saída são sempre maiores nas regiões Norte e Nordeste do país”, explicou a gerente de Análise do Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, Denise Guichard Freire.

Por unidades da Federação, as maiores participações em pessoal ocupado assalariado nas empresas entrantes foram observadas em São Paulo (29,9%), Minas Gerais (10,6%) e no Rio de Janeiro (9,9%). No sentido contrário, Roraima (0,1%), o Acre e Amapá (0,3% cada) e o Tocantins (0,4%) apresentaram as menores participações.

As maiores taxas de sobrevivência das empresas brasileiras com pessoal assalariado em 2011, segundo o estudo, foram 90,1%, na Região Sul, e 89,7%, no Sudeste. A menor taxa (85,4%) foi registrada na Região Norte.

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