Mundo

Unicef: países ricos têm 30 milhões de crianças pobres

Segundo relatório do fundo, somente na Europa há 13 milhões de crianças em situação de pobreza

Crianças da Romênia durante visita da Unicef em Sofia: as democracias escandinavas têm somente 3% de crianças pobres (Nikolay Doychinov/AFP/AFP)

Crianças da Romênia durante visita da Unicef em Sofia: as democracias escandinavas têm somente 3% de crianças pobres (Nikolay Doychinov/AFP/AFP)

share
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 12h30.

Brasília – Os 35 países mais ricos do mundo concentram 30 milhões de crianças pobres – 15% da população infantil assistida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo relatório divulgado hoje, somente na Europa há 13 milhões de crianças pobres.

Para os especialistas, o relatório do Unicef é um alerta aos líderes dos países ricos. O estudo foi feito nos 27 países da União Europeia, além da Noruega, da Islândia, da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos, do Japão, da Nova Zelândia e da Suíça. As democracias escandinavas têm somente 3% de crianças pobres.

O Unicef definiu alguns critérios de comparação para estabelecer pobreza, entre eles, o acesso a três refeições por dia, com frutas e legumes frescos, livros, conexão à internet e um local calmo para fazer as atividades escolares.

De acordo com o relatório, um dos casos que chamam a atenção é o da França. Para o Unicef, o país desperdiça dinheiro público. A França é o país que mais gasta verba pública em políticas familiares: 3,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) são investidos no setor, ficando atrás apenas da Itália.

Apesar dos investimentos, a França ocupa o 14° lugar no ranking de crianças pobres. O relatório informa que há cerca de 1,3 milhão de crianças francesas consideradas pobres, o equivalente a 8,8% da população infantil. Do total, a metade mora em locais insalubres e 20 mil crianças não têm domicílio fixo. Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI.

Acompanhe tudo sobre:CriançasONUPadrão de vidaPobreza

Mais de Mundo

Aeroporto da Nova Zelândia impõe limite de 3 minutos para abraços de despedida

Eleições EUA 2024: Kamala considera Trump um fascista 'cada vez mais desequilibrado'

Paralisados desde setembro, trabalhadores da Boeing rejeitam acordo e prorrogam greve, diz sindicato