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Um israelense é morto e dois outros feridos em ataque na Cisjordânia

O ataque com faca e arma de fogo aparentemente cometido por um palestino na Cisjordânia

Cisjordânia: O Hamas elogiou o ataque, apesar de não ter assumido sua autoria (Ammar Awad/Reuters)

Cisjordânia: O Hamas elogiou o ataque, apesar de não ter assumido sua autoria (Ammar Awad/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de março de 2019 às 12h11.

Um israelense foi morto e outros dois ficaram feridos, neste domingo (17), em um ataque com faca e arma de fogo aparentemente cometido por um palestino na Cisjordânia ocupada, informaram o Exército e o serviço de emergência israelenses.

Em campanha por sua reeleição nas legislativas de 9 de abril, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu que as autoridade prendam "os terroristas" por trás dos ataques.

Em contrapartida, o Hamas, movimento islamita que controla a Faixa de Gaza, elogiou a ação, apesar de não tê-la reivindicada.

"Um israelense foi morto por um terrorista que parece ser um palestino", disse o porta-voz do Exército, o coronel Jonathan Conricus, sobre o ataque que aconteceu perto do entroncamento da colônia de Ariel, ao sudeste de Nablus.

Primeiro, o atacante apunhalou um soldado perto do cruzamento de Ariel e pegou sua arma, antes de disparar contra três veículos, informou o porta-voz.

"O terceiro veículo parou e o terrorista o pegou" para ir ao cruzamento vizinho de Gitai Avishar, onde abriu fogo e feriu outro soldado, acrescentou.

Ele então continuou dirigindo para o vilarejo palestino de Bruqin.

"Uma caçada está em andamento", disse o porta-voz.

O serviço de emergência afirmou que socorreu dois israelenses de 46 anos e 20 anos que haviam sido gravemente feridos por tiros.

O porta-voz do Exército não forneceu detalhes sobre a identidade do israelense morto.

Prender "os terroristas"

Os ataques palestinos com carros, facas ou armas contra colonos e soldados israelenses têm sido esporádicos na Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967.

O último ataque foi em 13 de dezembro, quando dois soldados israelenses foram mortos perto de Ramallah.

Em 9 de dezembro, outro ataque deixou sete israelenses feridos, incluindo uma mulher grávida cujo bebê, nascido prematuro, sucumbiu alguns dias depois.

Ao abrir o Conselho de Ministros, Netanyahu disse estar confiante de que as forças de segurança vão prender os "terroristas".

"Vamos persegui-los usando toda a estrutura legal à nossa disposição, como fizemos em todos os incidentes recentes", disse ele.

Os palestinos autores de ataques são, com frequência, mortos, logos após cometer ou tentar cometer um ataque.

Em um comunicado, o Hamas, inimigo declarado de Israel, elogiou o ataque sem reivindicá-lo, apresentando-o como uma resposta aos "crimes da ocupação israelense", incluindo confrontos na Esplanada das Mesquitas, na cidade velha de Jerusalém.

Este local tem sido palco de tensões nas últimas semanas entre fiéis palestinos e as forças de segurança israelenses em torno do acesso a um edifício localizado no Portão Dourado, uma das entradas para a esplanada.

Um tribunal israelense voltou a ordenar, neste domingo, o fechamento do prédio.

Cerca de 400 mil colonos vivem em conflito com mais de 2,5 milhões de palestinos na Cisjordânia.

As colônias são assentamentos civis israelenses nos territórios palestinos ocupados. Eles são considerados ilegais pelo direito internacional.

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