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UE deixa de reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela

Segundo comunicado dos países da UE, Guaidó será considerado um "interlocutor privilegiado", mas não mais presidente interino da Venezuela

Juan Guaidó (Manaure Quintero/Reuters)

Juan Guaidó (Manaure Quintero/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de janeiro de 2021 às 14h55.

A União Europeia deixou de reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, como vinha fazendo desde 2019.

Segundo comunicado dos países da UE nesta segunda-feira, 25, após reunião de ministros do bloco, Guaidó será considerado um "interlocutor privilegiado", mas não mais presidente interino da Venezuela.

No dia 6 de janeiro, os 27 países do bloco europeu já haviam dito que não poderiam mais reconhecer Guaidó legalmente depois de ele perder a posição de líder do Parlamento na esteira da nova composição do Legislativo venezuelano após as eleições em dezembro -- apesar de a UE não ter reconhecido essa votação na Venezuela.

Guaidó foi reconhecido como presidente interino por uma série de países no mundo em 2019, após uma tentativa de tirar o poder do presidente Nicolás Maduro. Ele ainda tem o status de interino no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido.

"A UE repete seu clamor [...] pela liberdade e segurança de todos os oponentes políticos, em particular representantes dos partidos de oposição eleitos para a Assembleia Nacional de 2015, e especialmente Juan Guaidó", disse o comunicado, após a reunião de ministros em Bruxelas. "A UE os considera elementos importantes e interlocutores privilegiados".

A condição de presidente interino dá a Guaidó acesso a fundos confiscados de Maduro por governos ocidentais, a autoridades de primeiro escalão e a apoio a seu movimento pró-democracia em casa e no exterior.

A decisão dos membros da UE vem mesmo após uma resolução da semana passada do Parlamento Europeu, que determinava que governos do bloco mantivessem a posição de Guaidó como chefe de Estado.

No poder desde 2013, Maduro foi reeleito em 2018 em uma eleição questionada. Guaidó, que era o chefe do Parlamento na ocasião, passou a liderar a oposição de forma mais abrangente e passaria a ser visto como presidente interino. O Parlamento eleito em 2015 na Venezuela era controlado pela oposição, enquanto os eleitos para a Assembleia em 2020 são majoritariamente aliados de Maduro, após eleições que foram amplamente questionadas.

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