Mundo

UE abre investigação sobre desinformação na Meta e no TikTok acerca do conflito Israel e Hamas

Comissão Europeia exigiu da companhia chinesa dados sobre os esforços para evitar a difusão de conteúdo violento, ou de caráter terrorista e discurso de ódio

A Comissão Europeia anunciou ter iniciado investigações sobre desinformação nas redes sociais da Meta e TikTok acerca do conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas (Agence France-Presse/AFP)

A Comissão Europeia anunciou ter iniciado investigações sobre desinformação nas redes sociais da Meta e TikTok acerca do conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas (Agence France-Presse/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 19 de outubro de 2023 às 14h00.

A Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia, UE) anunciou, nesta quinta-feira, 19, que iniciou investigações sobre desinformação nas redes sociais Facebook e Instagram, propriedade da Meta, assim como no TikTok, relacionadas com o conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas.

A Comissão disse ter apresentado pedidos formais de informações adicionais às duas empresas, uma semana depois de lançar um procedimento de investigação contra a rede X (antigo Twitter).

No caso da Meta, a Comissão anunciou que solicitou informações sobre "a disseminação e a amplificação de conteúdo ilegal" sobre o conflito entre Israel e Hamas.

Em relação ao TikTok, exigiu dados sobre os esforços para evitar a difusão de "conteúdo violento, ou de caráter terrorista e discurso de ódio", assim como medidas destinadas a proteger os menores.

Meta e TikTok têm até 25 de outubro para responder às exigências da Comissão, e até 8 de novembro para apresentar informações mais específicas.

Um porta-voz da Meta assegurou que "nossas equipes trabalham 24 horas por dia para garantir a segurança de nossas plataformas, e tomar medidas sobre conteúdos".

Por sua vez, um porta-voz do Tik Tok assegurou que a plataforma (de propriedade da empresa chinesa Bytedance) adotou medidas urgentes depois do ataque perpetrado por milicianos do Hamas em Israel.

A empresa, assegurou a fonte, divulgará na "próxima semana" um relatório sobre os esforços empregados para frear a desinformação.

Enquanto a Meta já havia garantido que retirou e ocultou com uma advertência cerca de 795.000 mensagens em árabe e hebraico; o TikTok confirmou ter eliminado mais de 500.000 vídeos e lives.

A Comissão apontou que as investigações se apoiam nas obrigações das grandes plataformas no âmbito da nova Lei dos Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês).

Junto com a Lei dos Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês), a DSA constitui a tentativa da UE de adotar uma normativa que regulamente o funcionamento das grandes plataformas no espaço europeu.

Essas duas leis se propõem a impedir a disseminação de desinformação e de conteúdos ilegais e submetem as grandes plataformas a um código severo de remoção de conteúdos ilegais e a obrigações de transparência.

Na semana passada, o comissário europeu de Mercado Interno, Thierry Breton, enviou cartas de advertência a X, Meta, TikTok e Alphabet (YouTube), manifestando preocupações com desinformação.

Até agora, X adotou uma atitude publicamente mais beligerante em relação às demandas da UE, e seu proprietário, o bilionário Elon Musk, chegou a exigir que Breton publique suas exigências na própria rede social.

Os responsáveis pelo X divulgaram uma resposta pública, nessa mesma rede social, na qual disseram terem apagado "dezenas de milhares" de mensagens relacionadas com os ataques do Hamas em Israel, em 7 de outubro.

Acompanhe tudo sobre:União EuropeiaHamasTikTok

Mais de Mundo

Projeto de energias renováveis no Deserto de Taclamacã recebe aporte bilionário da China

Claudia Sheinbaum confirma participação na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro

Coreia do Norte deve pedir tecnologia nuclear da Rússia em troca de soldados, diz Coreia do Sul

Inflação na zona do euro registrou aumento de 2% em outubro