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Trump sanciona acordo que substituirá o Nafta

Novo acordo entre Estados Unidos, México e Canadá libera 1,2 trilhão de dólares em fluxos comerciais anuais

EUA: após 26 anos, o acordo do Nafta será substituído (Leah Millis/Reuters)

EUA: após 26 anos, o acordo do Nafta será substituído (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de janeiro de 2020 às 17h33.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta quarta-feira um novo acordo comercial norte-americano durante uma cerimônia ao ar livre na Casa Branca com cerca de 400 convidados — não estavam entre eles importantes democratas que ajudaram a garantir a aprovação do acordo pelo Congresso.

Trump, que está sob julgamento no Senado dos EUA por acusações de abuso de poder e obstrução do Congresso, saudou senadores republicanos pelo nome no evento no Jardim Sul. Outros convidados incluíram parlamentares de todo o país, trabalhadores, agricultores e executivos, além de autoridades do México e do Canadá, informou a Casa Branca.

O Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) substituirá o Acordo de Livre Comércio da América do Norte de 26 anos. Ele possui regras mais rígidas nos setores trabalhista e automotivo, mas deixa 1,2 trilhão de dólares em fluxos comerciais anuais de EUA-México-Canadá em grande parte inalterados.

"Hoje, finalmente, estamos encerrando o pesadelo do Nafta e firmando o novo Acordo EUA-México-Canadá", disse Trump à multidão. Ladeado por um grupo de trabalhadores americanos usando capacetes, Trump afirmou que o acordo vai impulsionar o crescimento econômico dos EUA, beneficiando agricultores, trabalhadores e produtores.

O presidente disse que suas preocupações com a terceirização desencadeada pelo Nafta provocaram sua disputa pela Presidência em 2016.

Uma grande variedade de grupos empresariais saudou o acordo, que ainda precisa ser ratificado pelo Parlamento do Canadá antes de entrar em vigor. O México já aprovou o acordo.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, ao falar em Ottawa, disse que seu governo minoritário continuará a responder questões colocadas por várias indústrias e outros grupos.

"Temos questões e temos um processo de ratificação. Estou ansioso para passar por isso de forma responsável e rápida, porque é muito importante para os canadenses", declarou ele.

Foram excluídos do evento a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, o presidente do Comitê de Assuntos Tributários (Ways and Means) da Câmara, Richard Neal, e outros democratas que negociaram com o governo Trump por meses para expandir as disposições trabalhistas, ambientais e de aplicação do pacto e abrir caminho para sua aprovação pela Câmara, controlada pelos democratas.

Trump não mencionou o trabalho realizado por Pelosi ou outros democratas no acordo comercial, mas o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, em declarações na cerimônia, reconheceu o papel que os líderes da Câmara desempenharam na aprovação do acordo.

O evento aconteceu num momento em que os senadores dos EUA começarão a fazer perguntas no julgamento de impeachment de Trump e antes de uma votação importante no final desta semana sobre a possibilidade de permitir a convocação de testemunhas como o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton.

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