Trump: "Usam fontes inexistentes e escrevem histórias que são ficção total." (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 12h10.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rotulou nesta segunda-feira como "loucos lunáticos" os jornalistas críticos com sua presidência, imersa em um fechamento parcial do governo desde 22 de dezembro, e afirmou que os meios de comunicação do seu país usam "fontes inexistentes".
With all of the success that our Country is having, including the just released jobs numbers which are off the charts, the Fake News & totally dishonest Media concerning me and my presidency has never been worse. Many have become crazed lunatics who have given up on the TRUTH!...
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 7, 2019
"Muitos (jornalistas) se transformaram em loucos lunáticos que renunciaram à VERDADE!", escreveu Trump na sua conta no Twitter, depois de repassar os "sucessos" do seu governo.
"Com todo o êxito que o nosso país está tendo, incluindo os números de emprego recém-divulgados, que são fora de série, os meios de comunicação falsos e totalmente desonestos a meu respeito e da minha presidência nunca foram piores", declarou o presidente americano.
Além disso, Trump assegurou que os meios de comunicação americanos "mentiram e degradaram" sua figura "com pleno conhecimento" para fazer com que o "tremendo êxito" de seu governo "seja visto tão mal quanto seja possível".
"Usam fontes inexistentes e escrevem histórias que são ficção total. O nosso país está se saindo muito bem, mas este é um dia triste nos Estados Unidos!", lamentou.
É habitual que Trump critique os meios de comunicação e os jornalistas e os acuse de mentir, mas até agora não tinha usado o termo "louco lunático" para referir-se aos profissionais de comunicação.
O governo está parcialmente fechado desde 22 de dezembro devido ao bloqueio na negociação entre republicanos e democratas no Congresso pela exigência de Trump que o projeto de orçamento inclua uma verba de mais de US$ 5,6 bilhões para financiar o muro fronteiriço.
A atitude inamovível de Trump com relação à construção do muro, que foi uma das suas principais promessas eleitorais, e a recusa contínua por parte dos democratas para pactuar sobre esta questão, levou o governo a estar parcialmente fechado 17 dias.
Esta situação fez com que alguns meios de comunicação classificassem o momento atual como o pior do governo americano desde a chegada de Trump à Casa Branca, uma opinião que não agradou o governante.
A paralisia administrativa afeta agências de dez departamentos do Executivo, incluindo Transporte e Justiça; assim como dezenas de parques nacionais, que costumam ser uma grande atração turística.
Além disso, prejudica 800.000 dos 2,1 milhões de funcionários federais, que não receberão seus salários enquanto o governo permanecer fechado.