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Suspeito de ataques em Paris em 2015 vai a julgamento na Bélgica

Salah Abdeslam, que aparecia em público pela primeira vez, se manteve sentado e pareceu não responder

Salah Abdeslam: seu julgamento na França só é esperado para o ano que vem (Emmanuel Dunand/Reuters)

Salah Abdeslam: seu julgamento na França só é esperado para o ano que vem (Emmanuel Dunand/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 11h01.

Bruxelas - O principal suspeito dos ataques do Estado Islâmico em Paris em 2015 ainda vivo pareceu se recusar a falar no início de um julgamento em Bruxelas, nesta segunda-feira, por acusação de envolvimento em uma troca de tiros com a polícia antes de sua prisão na Bélgica.

Salah Abdeslam, que vestia uma camiseta branca e apareceu de barba e cabelos longos, um contraste com o homem barbeado e de cabelos curtos visto em cartazes de busca divulgados em toda a Europa durante os quatro meses que passou foragido, foi instruído pelo juiz a se levantar e dizer o nome.

O homem de 28 anos, que aparecia em público pela primeira vez, se manteve sentado e pareceu não responder.

Após um breve intervalo para argumentações sobre a representação das famílias das vítimas, a audiência continuou com o interrogatório do suposto cúmplice de Abdeslam nos disparos ocorridos em 15 de março de 2016, quando vários policiais franceses e belgas ficaram feridos em Bruxelas.

A aparente relutância de Abdeslam em se dirigir ao tribunal pode decepcionar os parisienses que esperavam que ele pusesse fim a mais de dois anos de silêncio e desse algum indício de como e por que os ataques que mataram 130 pessoas foram organizados.

Seu julgamento na França só é esperado para o ano que vem. Ele não foi acusado dos ataques de homens-bomba do Estado Islâmico em Bruxelas uma semana depois da troca de tiros e quatro dias antes de sua prisão -- mas procuradores dizem que os ataques de 22 de março, que deixaram 32 mortos, foram desencadeados devido ao temor da célula terrorista de que Abdeslam pudesse revelar planos de um novo ataque contra a França se fosse interrogado.

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