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Superferiado nos EUA pode levar à explosão de casos de covid

Mais de 3 milhões de pessoas já viajaram de avião e outros 50 milhões devem pegar a estrada, apesar das recomendações para ficar em casa

Aeroporto em Washington, nos EUA, lotado de pessoas que viajaram para o feriado de Ação de Graças (Getty/Getty Images)

Aeroporto em Washington, nos EUA, lotado de pessoas que viajaram para o feriado de Ação de Graças (Getty/Getty Images)

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Carla Aranha

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 18h46.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 19h00.

Apesar das recomendações das autoridades para que as pessoas evitassem viajar no feriado de Ação de Graças, comemorado nesta quinta, dia 26, nos Estados Unidos, mais de 3 milhões de americanos pegaram um avião entre a sexta-feira e o domingo para encontrar a família. Segundo as autoridades aeroportuárias, é o maior fluxo desde março, no início da pandemia.

E mais gente deve viajar. Cerca de 1,4 milhão de pessoas devem passar por um aeroporto nos próximos dias e 50 milhões (apenas 5 milhões a menos do que em 2019) devem pegar a estrada. O Dia de Ação de Graças é o segundo maior feriado nos Estados Unidos. Perde apenas para o Natal.

Os deslocamentos e encontros sociais devem levar a um aumento considerável do número de infecções, altertam os especialistas. Nesta segunda, 23, o país bateu um novo recorde de internações, com 85.000 pacientes com coronavírus nos leitos hospitalares.

O número de óbitos também aumentou. Cerca de 1.530 pessoas morreram no país devido a complicações da covid, o maior número desde o dia 11 de maio.

O imunologista Anthony Fauci, um dos especialistas mais respeitados nos Estados Unidos, disse à rede de TV CBS News que a quantidade de pessoas nos aeroportos vai colocar o país "em um problema ainda maior do que o que temos hoje".

Aumentam as preocupações sobre a capacidade dos hospitais de atender a uma nova leva de pacientes com covid. A expectativa é que também haja uma onda de novos óbitos.

A região de El Paso, no Texas, já vive uma crise por falta de lugar nas funerárias para colocar os mortos. Para remediar o problema, o governo local pediu ajuda da Guarda Nacional, que está colaborando na coordenação de um novo centro funerário.

Em Nova York, as autoridades locais determinaram a reabertura de um hospital de campanha com capacidade para 200 pacientes criado no início da pandemia, localizado em Staten Island. Em Los Angeles, os moradores só poderão sair de casa se precisarem realizar atividades essenciais nas próximas três semanas.

Nos últimos 14 dias, o país registrou cerca de 179.000 novos casos, 62% mais do que nas duas semanas anteriores. As hospitalizações aumentaram 49%.

 

 

 

 

 

 

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