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Relatório Mueller conclui que Trump não cometeu crime, mas não o exonera

O secretário de Justiça dos EUA enviou um resumo das conclusões do relatório a líderes no Congresso e à imprensa na tarde deste domingo

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usando um boné escrito "Make America Great Again" (Carlos Barria/Reuters)

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usando um boné escrito "Make America Great Again" (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de março de 2019 às 17h12.

Última atualização em 24 de março de 2019 às 17h41.

Washington - O relatório do procurador especial Robert Mueller sobre interferência russa na eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016 não determinou que o presidente norte-americano, Donald Trump, ou autoridades de sua campanha, tenham conspirado conscientemente com a Rússia, de acordo com detalhes divulgados neste domingo (24).

O secretário de Justiça dos EUA, William Barr, enviou um resumo das conclusões do relatório a líderes no Congresso e à imprensa na tarde deste domingo.

Mueller concluiu sua investigação na sexta-feira (22), depois de quase dois anos, entregando um relatório sobre o caso ao secretário de Justiça, principal autoridade de aplicação da lei dos Estados Unidos.

"Embora este relatório conclua que o presidente (Trump) não cometeu um crime, tampouco o exonera" sobre a possibilidade de ter obstruído a Justiça, apontou Mueller no relatório, segundo o resumo que Barr enviou aos congressistas.

Barr disse que a investigação não recomendou nenhuma outra acusação e não tem nenhuma acusação em aberto.

Em sua própria análise das descobertas de Mueller sobre obstrução - uma das alegações mais explosivas contra Trump - Barr disse que "as evidências não são suficientes para estabelecer que o presidente cometeu obstrução da justiça".

Barr aponta, contudo, o início de uma nova fase, a determinação dos democratas no Congresso de investigar Trump, usando as evidências da investigação de Mueller.

"Parece que o Departamento de Justiça está colocando as questões na corte do Congresso", tuitou o deputado democrata Jerry Nadler, presidente do Comitê Judiciário da Câmara.

"O procurador especial Mueller, de forma clara e explícita, não está inocentando o presidente, e precisamos ouvir de Barr sobre sua tomada de decisão e ver todas as evidências subjacentes para o povo americano saber todos os fatos", afirmou.

Em sua primeira reação sobre detalhes divulgados acerca do relatório, a Casa Branca afirmou neste domingo que o presidente havia sido completamente inocentado.

"O conselho especial não encontrou nenhum conluio e não encontrou obstrução", disse a porta-voz Sarah Sanders em comunicado. "As conclusões do Departamento de Justiça são uma total e completa exoneração do presidente dos Estados Unidos".

Confira, na íntegra, o resumo que William Barr enviou ao Congresso e à imprensa, divulgado pela CNN norte-americana

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