Rishi Sunak; premier britânico enfrenta dificuldades em seu governo (Chris J. Ratcliffe/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 21 de julho de 2023 às 12h44.
O Partido Conservador deu um alívio ao primeiro-ministro Rishi Sunak ao conseguir manter o assento no Parlamento que até o mês passado pertencia ao ex-premier Boris Johnson, mas sofreu duas outras derrotas acachapantes nas eleições fora de época de quinta-feira, 20.
O placar é reflexo das dificuldades que o governo tem de melhorar sua popularidade, prejudicado por uma economia piorada pelos impactos do Brexit e de crises consecutivas que mancham a imagem conservadora.Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente
Os conservadores preparavam-se para a perda das três vagas até agora ocupada por seus quadros, mas nos últimos dias a situação do assento de Boris, no distrito de Uxbridge e Ruislip do Sul, no subúrbio londrino, parecia mais incerta. Seria o fracasso mais simbólico para o partido, após o ex-premier renunciar ao seu mandato parlamentar quando uma comissão legislativa determinou que mentiu para a Casa sobre as festas na sede do governo durante o auge da pandemia de Covid-19, escândalo que ficou conhecido como Partygate.
O assento foi mantido por pouco: a diferença foi de 495 votos, após uma recontagem. Nos outros dois distritos, o cenário foi pior. Os conservadores tiveram 45,2%, contra 43,6% dos trabalhistas, que lideram as intenções de voto para as próximas eleições legislativas, previstas para ocorrerem até janeiro de 2025, há mais de um ano.
Os trabalhistas venceram em Selby e Ainsty, no Norte da província da Inglaterra e não muito longe do distrito de Yorkshire do Norte que Sunak representa, com 46% dos votos — na eleição passada, há quatro anos, havia obtido 21 pontos percentuais a menos. Os conservadores ficaram com 34,3%, 26 pontos percentuais a menos que os 60,3% de 2019.
O terceiro distrito que estava em jogo era Somerton e Frome, no sudoeste, após seu representante renunciar à vaga no Parlamento devido a alegações de que usou cocaína e teve má conduta sexual — o aliado de Boris disse ter tomado "escolhas muito ruins" com relação às substâncias ilícitas, mas nega as acusações de assédio.