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Reino Unido devolverá à China seus únicos pandas após 12 anos sem procriar

O casal de pandas chegou a Edimburgo em dezembro de 2011 no âmbito de um acordo de empréstimo de dez anos com a associação chinesa para a conservação da vida selvagem

Urso panda: espécie é conhecida pelas grandes dificuldades para procriar em cativeiro (Tokyo Zoological Park Society/ Divulgação/AFP)

Urso panda: espécie é conhecida pelas grandes dificuldades para procriar em cativeiro (Tokyo Zoological Park Society/ Divulgação/AFP)

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AFP

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 18h04.

Última atualização em 4 de janeiro de 2023 às 18h39.

Após anos tentando, sem sucesso, ter um filhote, o zoológico de Edimburgo anunciou, nesta quarta-feira, 4, que devolverá à China em 2023 seu casal de pandas, os únicos presentes em todo o Reino Unido.

A Real Sociedade Zoológica da Escócia (RZSS) informou que planeja dar a Yang Guang e Tian Tian uma "despedida gigante" no zoológico antes de sua partida este ano.

"Como únicos pandas-gigantes do Reino Unido, foram incrivelmente populares entre os visitantes, o que contribuiu para conectar milhões de pessoas com a natureza, assim como arrecadar fundos vitais para a conservação da vida selvagem", declarou o diretor-executivo da ZSS, David Field.

O casal de pandas chegou a Edimburgo em dezembro de 2011 no âmbito de um acordo de empréstimo de dez anos com a associação chinesa para a conservação da vida selvagem.

Mas rapidamente ficou claro que não tinham o desejo de procriar. Os encarregados do zoológico tentaram, inclusive, inseminar artificialmente Tian Tian em 2013, mas não tiveram sucesso.

Yang Guang foi castrado posteriormente, após ser tratado de um câncer testicular.

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Os pandas-gigantes são conhecidos pelas grandes dificuldades para procriar em cativeiro, pois perdem o interesse em acasalar naturalmente ou simplesmente não sabem como fazê-lo.

As tentativas de criar pandas em cativeiro começaram na China em 1955, mas só deram frutos em 1963, quando Ming Ming nasceu no zoológico de Pequim.

Originários do planalto tibetano, no sudoeste da China, os pandas-gigantes viram sua população reduzida pelos caçadores ilegais, que os matam para retirar sua pele, e pelo desmatamento ilegal, que afeta o crescimento do bambu, sua principal fonte de alimentação.

A organização Pandas International estima que a população de pandas-gigantes vivendo na natureza seja atualmente de 1.864 indivíduos.

Há cerca de 600 em cativeiro em centros especiais, zoológicos e parques naturais em todo o mundo.

Segundo o zoo de Edimburgo, Yang Guang e Tian Tian poderão deixar a capital escocesa em agosto de 2023, dois anos depois de prorrogado o seu empréstimo.

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