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Putin se reúne com Dilma e destaca que uso de moedas nacionais reduz riscos para os Brics

Segundo o presidente russo, desde 2018, o NBD financiou cem projetos em um total de US$ 30 bilhões

Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 11h09.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira que os pagamentos em moedas locais reduzem os riscos para as economias dos países do Brics, ao se reunir com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do grupo, Dilma Rousseff.

"O aumento das liquidações em moedas locais possibilita reduzir os pagamentos do serviço da dívida, aumentar a independência financeira dos países do Brics e minimizar os riscos geopolíticos, separando, na medida do possível no mundo de hoje, a política do desenvolvimento econômico", disse Putin.

O líder russo observou que, desde 2018, o NBD financiou cem projetos em um total de US$ 30 bilhões.

"Como país que ocupa a presidência do Brics neste ano, contamos com sua participação ativa na reunião de líderes na cúpula em Kazan", disse Putin a Dilma, observando que a presidente do NBD se reunirá com os líderes do grupo e apresentará um relatório sobre o trabalho do banco.

O chefe do Kremlin valorizou o trabalho de Dilma e enfatizou que o NBD é uma "instituição financeira com futuro". Dilma, por sua vez, concordou com Putin que os países do Sul Global têm grande necessidade de financiamento e que as condições para recebê-lo são "muito complexas".

"Como você observou, implementamos e alocamos fundos em uma escala bastante grande para vários projetos, mas isso ainda não é suficiente em comparação com as necessidades dos países do Sul Global. É muito importante oferecer financiamento em moeda nacional em formatos especiais", explicou a presidente do NBD.

"O Novo Banco de Desenvolvimento está comprometido com isso, para financiar não apenas projetos soberanos, mas também projetos de iniciativa privada", acrescentou Dilma.

O encontro de Putin com Dilma é o primeiro de uma maratona de reuniões bilaterais às margens da 16ª cúpula do Brics, que começa as atividades formais amanhã e vai até quinta-feira.

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