José Raúl Mulino, presidente do Panamá (MARTIN BERNETTI/AFP/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 8 de julho de 2024 às 16h15.
Última atualização em 8 de julho de 2024 às 16h19.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, formalizou nesta segunda-feira, 8, em Assunção, o interesse de seu país em participar do Mercosul, mecanismo de integração de mais de três décadas formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
"Não posso deixar passar um fórum tão importante como este para estabelecer o interesse do nosso governo em participar do Mercosul", declarou Mulino em seu discurso na 64ª cúpula de chefes de Estado do bloco, que representa a quinta maior economia do mundo.
"Eu digo que sim, senhor presidente, nós queremos participar", acrescentou Mulino, dirigindo-se ao presidente do Paraguai e anfitrião do encontro, Santiago Peña.
Mulino declarou esperar que "as comunicações relevantes" sejam estabelecidas com o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério do Comércio e o setor privado de seu país, que ele considerou "ter uma grande oportunidade de trabalhar em um acordo de livre comércio", pelo qual houve uma tentativa em 2020.
"Vamos retomá-lo e, conforme o caso, vocês nos dirão qual caminho seguir, mas por enquanto é muito importante para nós participar dessa condição e continuar avançando em direção à integração total com a ajuda do setor privado panamenho, que é fundamental", acrescentou.
Mulino, que foi empossado na segunda-feira passada e chegou a Assunção em sua primeira viagem oficial, deixou claro que não pode tomar essa decisão sozinho, mas precisa do apoio do setor privado, já que lidera um "governo de empresa privada".
O presidente panamenho afirmou que acredita na integração e enfatizou que seu país tem "a oportunidade de abrir um mundo de conexões para essa comunidade de nações", incluindo "importantes agentes da economia internacional".
O Paraguai, que hoje passará a presidência pro tempore do Mercosul ao Uruguai, está sediando a reunião de chefes de Estado do bloco, da qual participam, além de Mulino e Peña, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus homólogos do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e da Bolívia, Luis Arce.