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ONG confirma 24 mortes por armas de fogo no Quênia

Do total de vítimas, 17 morreram em subúrbios de Nairóbi, que desde ontem à noite vivem uma grande tensão com o resultado das eleições

Quênia: o necrotério de Nairóbi registrou a entrada de 12 mortos com ferimentos de bala entre ontem e hoje (Goran Tomasevic/Reuters)

Quênia: o necrotério de Nairóbi registrou a entrada de 12 mortos com ferimentos de bala entre ontem e hoje (Goran Tomasevic/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de agosto de 2017 às 15h25.

Nairóbi - A organização humanitária Comissão Nacional para os Direitos Humanos do Quênia (KNCHR) informou neste sábado que 24 pessoas, duas delas menores de idade, morreram em decorrência dos disparos da polícia nos protestos pós-eleitorais registrados em diferentes pontos do país.

Do total de vítimas, 17 morreram em subúrbios de Nairóbi, que desde ontem à noite vivem uma grande tensão com os enfrentamentos entre a polícia e seguidores da oposição, que não aceitam a vitória nas últimas eleições do atual presidente, Uhuru Kenyatta.

Segundo pôde confirmar a Agência Efe, o necrotério de Nairóbi registrou a entrada de 12 mortos com ferimentos de bala entre ontem e hoje.

O presidente da KNCHR, Kagwiria Mbogori, condenou em coletiva de imprensa o "uso excessivo da força "por parte da polícia e exigiu que as autoridades "dominem" os agentes e lhes exijam a cessação do uso de fogo real contra os manifestantes.

"Há muitos casos de brutalidade policial cometida pela polícia contra civis. É ilegal e inaceitável", lamentou.

No entanto, Mbogori assegurou que, apesar de existirem "focos de conflito" em alguns pontos do país, "a maioria do Quênia voltou à sua vida habitual e permanece em paz".

Os protestos começaram após a vitória de Kenyatta, anunciada na sexta-feira e não aceita pela coalizão opositora Super Aliança Nacional (NASA, na sigla em inglês), que apresentou resultados alternativos que davam a vitória ao seu candidato, Raila Odinga.

O líder opositor, que desde o próprio dia da votação qualificou estas eleições como "fraude", já havia rejeitado os resultados das eleições de 2007, o que gerou uma onda de violência que deixou 1.100 mortos em todo o país.

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