Obama: "os Estados Unidos continuarão respaldando a integridade territorial e soberana da Ucrânia" (AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 15h15.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprimentou nesta segunda-feira o povo ucraniano pelas "bem-sucedidas" eleições parlamentares de domingo, que deram a vitória à frente pró-ocidental e que, na sua opinião, são "um importante marco no desenvolvimento democrático" da Ucrânia.
"Apesar de um ambiente de segurança desafiador em algumas regiões, milhões de ucranianos saíram em todo o país para depositar seu voto de maneira ordenada e pacífica", disse Obama em comunicado divulgado pela Casa Branca.
Obama afirmou que "o voto de ontem representa outro importante marco no desenvolvimento democrático da Ucrânia", e reforçou o apoio de Washington a Kiev "à medida que aplicarem as reformas necessárias para promover o fortalecimento do estado de direito e impulsionar a estabilidade econômica e o crescimento na Ucrânia".
E criticou "a atitude das autoridades russas que ocupam a Crimeia e os separatistas em parte do leste do país, que evitaram que muitos cidadãos ucranianos pudessem cumprir com seu direito democrático e participar das eleições nacionais".
Por último, Obama reiterou que "os Estados Unidos continuarão respaldando a integridade territorial e soberana da Ucrânia rumo a uma resolução pacífica do conflito no leste e o retorno da Crimeia", atualmente controlada pela Rússia.
Com cerca de 60% dos votos apurados, o bloco do presidente Petro Poroshenko, e a Frente Popular do primeiro-ministro, Arseni Yatseniuk, lideravam a apuração com números muito próximos, 21,58% o primeiro e 21,45% o segundo.
De acordo com as primeiras estimativas, os partidos europeístas conquistaram mais de 70% das cadeiras nas eleições legislativas, que tiveram cerca de 50% de participação.
O resultado das eleições reforça o poder de Kiev, partidário da integração na União Europeia e na Otan, imerso há seis meses em um conflito armado contra os separatistas pró-Rússia, que já causou cerca de quatro mil mortos e 800 mil deslocados.
A nova Rada (parlamento ucraniano) terá que aprovar reformas e duras medidas de ajuste para satisfazer as exigências do Fundo Monetário Internacional, que concedeu à Ucrânia, quase em falência, um empréstimo de US$ 17 bilhões. EFE
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