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Obama acusa Rússia de agressão contra Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos acusou a Rússia de agredir a Ucrânia, e deu a presença militar russa no país vizinho como exemplo


	Presidente dos EUA, Barack Obama: "a Rússia deve resolver a crise pela via pacífica"
 (Pascal Rossignol/Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama: "a Rússia deve resolver a crise pela via pacífica" (Pascal Rossignol/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 13h44.

Vilnius - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou nesta quarta-feira a Rússia de agredir a Ucrânia e assegurou que a presença militar russa no país vizinho é um fato que não resta dúvidas.

"As tropas russas que entraram na Ucrânia não representam uma missão humanitária ou de pacificação. Ali se encontram unidades militares com armas e tanques russos", disse Obama durante um discurso em uma sala de concertos em Tallinn, capital da Estônia, onde realiza uma visita oficial.

Desta forma, Obama pediu união "contra a agressão russa na Ucrânia" e lembrou que, até o momento, o presidente russo, Vladimir Putin, ignorou as tentativas de resolver a crise na Ucrânia diplomaticamente.

"A Rússia deve resolver a crise pela via pacífica e com meios diplomáticos. A Rússia deve respeitar a soberania da Ucrânia. Esse caminho segue aberto para a Rússia, mas o começo desse caminho consiste em uma mudança de rumo por parte da Rússia, que deve abandonar a Ucrânia", assinalou.

Em suas declarações, o presidente americano defendeu a política de sanções internacionais contra a Rússia por seu apoio aos separatistas no leste da Ucrânia.

"O rublo caiu a um mínimo histórico. O capital está fugindo. O investimento estrangeiro está desabando. As ações russas estão prejudicando o povo russo. Não tem porque ser assim. Não temos interesse em debilitar a Rússia", manifestou Obama.

Obama ressaltou que Washington "não aceitará a ocupação e anexação ilegal da Crimeia ou de qualquer parte da Ucrânia por parte da Rússia".

Antes de encerrar suas declarações, Obama assegurou que a Ucrânia é livre para decidir se deseja ou não reforçar suas relações com a Otan e insistiu que a "Ucrânia necessita mais de feitos do que palavras", em relação à cúpula aliada que será realizada amanhã no País de Gales (Reino Unido).

"A porta para ser membro da Otan permanece aberta", disse Obama, que hoje tem uma reunião prevista com os presidentes dos três Estados bálticos, Estônia, Letônia e Lituânia.

Em relação aos três países bálticos, que, assim como a Polônia, pediram um aumento da presença militar da Otan em seus respectivos territórios por causa do conflito na Ucrânia, Obama se mostrou mais enfático.

"Países como a Letônia, Estônia ou Lituânia já não são territórios pós-soviéticos. Perdestes a independência uma vez, com a Otan não perderão mais. A defesa de Tallinn, Riga e Vilnius é tão importante como a defesa de Berlim, Paris e Londres", disse Obama.

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