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Novo sistema para limpar água tóxica de Fukushima é retomado

A operadora da usina de Fukushima recomeçou testes de um sistema que filtra boa parte dos materiais radioativos da água que se acumula na central nuclear


	Funcionário da Tepco checa nível de radiação em torno de tanque de Fukushima: acumulação acontece por causa dos vazamentos para os porões dos edifícios dos reatores
 (Tepco/AFP)

Funcionário da Tepco checa nível de radiação em torno de tanque de Fukushima: acumulação acontece por causa dos vazamentos para os porões dos edifícios dos reatores (Tepco/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 09h32.

Tóquio - A operadora da usina de Fukushima recomeçou nesta sexta-feira os testes de um sistema que filtra boa parte dos materiais radioativos da água que se acumula perigosamente na central nuclear, informou a agência "Kyodo".

Os testes com o chamado Sistema Avançado de Processamento de Líquidos (Alps) estavam suspensos desde junho, quando foram detectados vazamentos em um contêiner, provocados pela corrosão.

O sistema Alps, desenvolvido pela Toshiba, foi desenvolvido para retirar 62 tipos de materiais radioativos, com exceção do trítio.

O atual sistema de reciclagem da água que está ativo na central é capaz de retirar apenas o césio.

Por isso, espera-se que o Alps contribua para solucionar o problema de acumulação de água nas instalações da central, já que tanto a proprietária da usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), como o governo, consideram que ele pode processar o líquido num ritmo maior que o do acúmulo de água contaminada.

A acumulação acontece por causa dos vazamentos para os porões dos edifícios dos reatores, do líquido utilizado para sua refrigeração, assim como da água dos lençóis que existem no subsolo dos edifícios.


Por isso acredita-se que a central, atingida pelo terremoto e tsunami de março de 2011, estava despejando 300 toneladas de água contaminada diariamente no Oceano Pacífico.

Dos três circuitos (A, B e C) que compreende o Alps, a Tepco começou hoje os testes com o C, que ainda não havia sido colocado em uso.

A Tepco testou os circuitos A e B entre março e junho deste ano, antes de detectar os problemas de corrosão.

Espera-se que os testes sejam reiniciados no final de outubro no circuito A e em meados de novembro no B.

A empresa responsável pela usina também informou sobre a ruptura de uma malha submarina no píer da central.

Essa malha protetora foi colocada para evitar que a areia contaminada em torno da entrada de água dos reatores 1 ao 4 (que foram afetados pelo tsunami) se propagasse para as unidades 5 e 6, que não foram atingidas.

A Tepco espera poder reparar esta barreira, que já ficou danificada em abril, assim que as condições do mar melhorarem, pois está bastante agitado por causa da passagem do tufão "Pabuk".

A operadora acredita que as poderosas correntes geradas pelo tufão foram responsáveis pelo rompimento da malha.

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