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Mulher compra vestido e acha denúncia de trabalho escravo

Ao olhar a etiqueta da roupa para saber mais informações sobre os procedimentos de lavagem, Rebecca Gallagher encontrou um pedido de socorro escrito a mão

Rebecca Gallagher e vestido: a Primark já foi investigada outras vezes por conta de trabalho escravo (Reprodução/Twitter)

Rebecca Gallagher e vestido: a Primark já foi investigada outras vezes por conta de trabalho escravo (Reprodução/Twitter)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 16h43.

São Paulo - Tudo o que a jovem Rebecca Gallagher, de 25 anos, procurava era um vestido novo para usar durante o verão, mas ela acabou encontrando muito mais do que isso na peça que comprou na famosa loja de varejo Primark, por ₤10 (o equivalente a R$ 37).

Ao olhar a etiqueta da roupa para saber mais informações sobre os procedimentos de lavagem, Gallagher encontrou um pedido de socorro escrito a mão: "Somos forçados a trabalhar por horas exaustivas".

A denúncia de trabalho escravo chocou a jovem, que tentou entrar em contato com a Primark para explicações, mas não foi atendida.

A empresa só se pronunciou após a consumidora contar a história à imprensa.

Um porta-voz disse que o Código de Conduta da Primark garante que todas as suas fábricas e fornecedores devem oferecer condições justas de trabalho aos funcionários e pediu que Gallagher devolvesse o vestido para investigação.

Conhecida por vender peças de roupa a um preço mais barato, a Primark já foi investigada outras vezes por conta de trabalho escravo.

Em 2008, a empresa foi denunciada por contratar crianças indianas a partir dos 11 anos de idade para costurar miçangas e lantejoulas em suas roupas.

Na ocasião, para diminuir o escândalo, a varejista criou o site Ethical Primark, em que informa os consumidores sobre suas práticas socioambientais.

Por enquanto, nenhuma organização de direitos humanos se pronunciou sobre o caso de Rebecca Gallagher.

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