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Milícias palestinas lançam 10 foguetes após fim da trégua

"Não aceitaremos pôr um fim a esta batalha sem o fim das agressões, sem a suspensão do bloqueio e sem a construção de um porto em Gaza", diz porta-voz do Hamas


	Israelenses em Gaza: um foguete foi abatido pelo sistema antimisséis e uoutro caiu em um terreno descampado
 (Amir Cohen/Reuters)

Israelenses em Gaza: um foguete foi abatido pelo sistema antimisséis e uoutro caiu em um terreno descampado (Amir Cohen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 07h05.

Jerusalém - Pelo menos dez foguetes foram disparados nesta sexta-feira da Faixa de Gaza contra Israel após o término do cessar-fogo de 72 horas que as partes tinham acordado e que expirou às 8h locais (2h de Brasília), informaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) em comunicado.

Um dos foguetes foi abatido pelo sistema antimisséis "Domo de Ferro" sobre a cidade de Ashkelon, e um segundo caiu em um terreno descampado do município de Hof Ashkelon.

Os outros projéteis caíram em locais desabitados no conselho regional de Eshkol e nos arredores da Faixa de gaza, onde esta manhã soaram também os alarmes antiaéreos.

Em um breve comunicado para a imprensa, a Jihad Islâmica reivindicou a autoria dos lançamentos de foguetes. Já o movimento islamita Hamas se limitou a dizer que não foi acordada nenhuma prorrogação da trégua, mas que as negociações no Cairo, a capital do Egito, continuam.

Para Sami Abu Zuhri, o porta-voz do Hamas, as acusações de disparos por Israel "servem apenas para criar confusão e misturar as coisas".

O ataque aconteceu logo após o término oficial da trégua de 72 horas que as milícias palestinas e Israel acordaram desde a última terça-feira para negociar uma solução para o conflito armado nas conversas no Cairo.

O Egito pediu que as duas partes prorrogassem o cessar-fogo para hoje e amanhã para seguir negociando.

As "Brigadas de Ezzedine al Qassam", o braço armado do Hamas, disseram ontem à noite que não aceitarão a ampliação a menos que se garanta a construção de um porto marítimo em Gaza, entre outras condições.

"Não aceitaremos pôr um fim a esta batalha sem o fim das agressões, sem a suspensão do bloqueio e, a mais importante de todas, sem a construção de um porto marítimo em Gaza. Não aceitaremos menos do que isso", afirmou um porta-voz das Brigadas em um discurso televisado.

Israel, que já desmobilizou 30 mil reservistas, não respondeu ainda ao lançamento dos foguetes desta manhã, mas altos comandantes e ministros garantiram ontem que estão preparados para qualquer contingência e, caso seja necessário, retomarão a operação Limite Protetor.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em uma entrevista à emissora americana "Fox", divulgada nas últimas horas, que "não está convencido que o conflito esteja terminado". 

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