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Milei reitera reivindicação por Malvinas e chama argentinos à reconciliação com as Forças Armadas

Em memorial dos mortos na guerra, o presidente argentino declarou que 'ninguém' respeita um país que só produz pobreza e com o desprezo político pelas instituições de segurança

Javier Milei, presidente da Argentina (AFP Photo)

Javier Milei, presidente da Argentina (AFP Photo)

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AFP
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Agência de notícias

Publicado em 2 de abril de 2024 às 16h44.

Última atualização em 2 de abril de 2024 às 16h46.

O presidente argentino, Javier Milei, reiterou a "reivindicação inabalável" de soberania sobre as Ilhas Malvinas e apelou aos argentinos para que se "reconciliem" com as Forças Armadas que, em 1982, durante a ditadura, declararam guerra ao Reino Unido pelo controle do arquipélago no Atlântico Sul.

Em Buenos Aires, diante do memorial que homenageia os 649 argentinos mortos nesta guerra, Milei afirmou que "ninguém escuta ou respeita um país que só produz pobreza e cujos políticos desprezam as próprias forças" armadas.

"Não há soberania sem prosperidade econômica e não há prosperidade econômica sem liberdade", disse o presidente ultraliberal que prometeu impulsionar "uma reivindicação real e sincera (em relação às Malvinas), não meras palavras em fóruns internacionais sem impacto na realidade".

O presidente não mencionou a ditadura, cujos crimes ainda transitam na Justiça, com mais de 1.100 condenados e 62 processos em curso, militares argentinos acusados de tortura e cerca de 30 mil desaparecidos, segundo organizações de direitos humanos.

No dia 24 de março, milhares de manifestantes reuniram-se na Praça de Maio em protesto contra estes crimes.

"Não quero que o respeito seja monopólio de um espaço político, por isso convoco à sociedade a iniciar uma nova era de reconciliação, dando às Forças Armadas o lugar, o reconhecimento e o apoio que merecem", afirmou Milei.

A Argentina reivindica a soberania sobre as Ilhas Malvinas por vias diplomáticas desde a guerra, que terminou após 74 dias com a rendição do país sul-americano e o balanço de 649 argentinos e 255 britânicos mortos.

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