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Merkel diz que pandemia vai piorar e que vacina é crucial

Apesar do baixo número de mortes por covid-19, os novos casos vem crescendo na Alemanha nas últimas semanas

Alemanha: dívida contraída para combater o impacto econômico da crise não será saldado antes de 2058 (Clemens Bilan/Getty Images)

Alemanha: dívida contraída para combater o impacto econômico da crise não será saldado antes de 2058 (Clemens Bilan/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 12h21.

Última atualização em 28 de agosto de 2020 às 12h51.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira que a pandemia de coronavírus deve piorar nos próximos meses e que a vida não voltará ao normal até se desenvolver uma vacina para combatê-la.

Embora a Alemanha não vá saldar totalmente a dívida em que incorreu devido às medidas de alívio adotadas para compensar o impacto econômico do vírus antes de 2058, tal estímulo foi essencial, porque não se podia permitir que a economia travasse, disse ela.

Em reação à pandemia, seu governo também trabalhará no espírito da coesão social, acrescentou, exortando os cidadãos a não baixarem a guarda contra o vírus.

"Este é um assunto sério, tão sério quanto sempre foi, e é preciso continuar levando-o a sério", disse ela em uma coletiva de imprensa.

Enquanto isso, a Comissão Europeia está trabalhando para assinar contratos adicionais com farmacêuticas para obter vacinas contra Covid-19, disse ela.

Como nenhuma das muitas vacinas em desenvolvimento em todo o mundo já passou pelos testes de estágio avançado, a Comissão Europeia fez um pagamento inicial de 336 milhões de euros à farmacêutica britânica AstraZeneca para garantir ao menos 300 milhões de doses de sua vacina contra Covid-19 em potencial.

"Mais destes contratos estão sendo elaborados", disse Merkel.

A Alemanha tem conseguido manter os casos e mortes de Covid-19 relativamente baixos na comparação com outros grandes países europeus.

Mas, alinhado à tendência vista na maior parte do mundo, seu número de infecções diárias novas vem aumentando desde o início de julho e se acelerou nas últimas semanas.

A coesão social é um fator central no combate à ameaça, já que o vírus afeta alguns grupos, como idosos e famílias de baixa renda, mais do que outros, explicou a chanceler.

Seu governo também "fará tudo para que nossas crianças não sejam as perdedoras da pandemia. Escolas e creches precisam ser as coisas mais importantes".

Merkel se reuniu com os líderes dos Estados alemães na quinta-feira para combinar padrões comuns para conter a disseminação do vírus.

Eles concordaram sobre a necessidade de manter as escolas abertas e sobre a decisão de proibir grandes eventos, como partidas esportivas e concertos, ao menos até o final do ano, além de adotar regras de quarentena mais rígidas para viajantes voltando de países na lista de alto risco da Alemanha --a maioria de fora da Europa e algumas regiões dentro da União Europeia, como Paris e a maior parte da Espanha.

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