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Mais de 500 hondurenhos iniciam uma nova caravana rumo aos EUA

Os imigrantes, incluindo crianças, mulheres e idosos, deixam Honduras alegando falta de trabalho e insegurança no seu país

Imigrantes da América Central no México que miram entrar nos Estados Unidos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Imigrantes da América Central no México que miram entrar nos Estados Unidos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 06h37.

Tegucigalpa - Mais de 500 migrantes hondurenhos iniciaram uma nova caravana, na segunda-feira, com o objetivo de cruzar a Guatemala e chegar aos Estados Unidos, apesar dos constantes pedidos das autoridades do país para que não migrassem por causa dos riscos na rota.

Apesar da previsão de saírem nesta terça-feira, os migrantes hondurenhos decidiram deixar a cidade ontem mesmo, partindo da cidade de San Pedro Sula, no norte do país, em direção à fronteira com a Guatemala, como foi constatado pela Agência Efe.

As autoridades hondurenhas pediram aos imigrantes que desistissem de sua intenção de deixar o país com a ideia de chegar aos EUA, mas eles não tiveram um resultado positivo.

A nova caravana pretende atravessar a Guatemala até chegar à fronteira entre o México e EUA, disse aos jornalistas, Rosa Hernández, uma das integrantes da caminhada, que viajava com o filho e uma amiga.

Os imigrantes, incluindo crianças, mulheres e idosos, deixam Honduras alegando falta de trabalho e insegurança no seu país.

Miroslava Cerpas, do Centro de Pesquisa e Promoção dos Direitos Humanos em Honduras (CIPRODEH), afirmou à que outro pequeno grupo de migrantes permanece na Grande Central Metropolitana, principal terminal de ônibus de San Pedro Sula, onde esperam que outras pessoas se juntem à caminhada.

"Apesar de toda a campanha de criminalização que tem promovido o governo (hondurenho) em torno da saída dos migrantes, a necessidade e o medo das pessoas têm sido muito maior", ressaltou Miroslava.

A vice-ministra das Relações Exteriores de Honduras, Nelly Jerez, pediu ontem aos cidadãos não emigrassem, pois, embora seja um direito, são "muitos os riscos" que enfrentarão no caminho.

Cerca de 11 hondurenhos da primeira caravana que deixou o país da América Central no dia 13 de outubro de 2018 morreram na sua tentativa por chegar aos Estados Unidos.

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