Mundo

Mais de 160 mil assinam pedido de renúncia de premier russo

"O governo deveria estar dirigido por um homem competente, honesto e instruído. Hoje vemos o contrário", afirmava o site Change.org, onde a petição foi lançada


	Medvedev: as declarações de Medvedev provocaram uma forte polêmica nas redes sociais e na imprensa do país
 (Ivan Sekretarev/AFP)

Medvedev: as declarações de Medvedev provocaram uma forte polêmica nas redes sociais e na imprensa do país (Ivan Sekretarev/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2016 às 10h44.

Mais de 160.000 pessoas assinaram nesta sexta-feira uma petição exigindo a renúncia do primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, que, em plena crise econômica e a um mês das legislativas, aconselhou os professores descontentes com seus salários a buscar outro emprego.

"O governo deveria estar dirigido por um homem competente, honesto e instruído. Hoje vemos o contrário", afirmava o site Change.org, onde a petição foi lançada na quinta-feira.

Na terça-feira, o primeiro-ministro e ex-presidente russo (2008-2012) provocou indignação ao aconselhar os docentes a buscarem um trabalho mais lucrativo: ensinar "é uma vocação. Se querem ganhar dinheiro, há muitos lugares ótimos onde poderão fazer isso mais rápido", declarou em uma conferência com jovens professores.

O salário médio dos professores de escola na Rússia em 2016 é de 32.000 rublos (440 euros), segundo a agência Rosstat, e este número esconde fortes disparidades entre as regiões. Os funcionários formam parte das categorias profissionais mais atingidas pela crise.

As declarações de Medvedev, feitas a um mês e meio das eleições legislativas na Rússia, provocaram uma forte polêmica nas redes sociais e na imprensa do país.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise econômicaEuropaRússiaSalários

Mais de Mundo

Presidente Lula não vai à COP29 no Azerbaijão

Kamala e Trump percorrem estados-chave para tentar inclinar a balança

Sobe para quatro o número de militares iranianos mortos em ataque israelense

Washington Post anuncia que não vai mais apoiar candidaturas presidenciais