Ativista do Greenpeace em prisão: tripulantes estão sendo investigados por "pirataria", um crime que pode ser punido com até 15 anos de prisão (Igor Podgorny/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2013 às 09h18.
Moscou - Vinte e dois dos 30 membros da tripulação do quebra-gelos do Greenpeace "Artic Sunrise", interceptado no Ártico pelas autoridades russas quando realizava uma ação de protesto, permanecerão detidos durante dois meses e os outros por três dias, anunciou a OGN.
"Dos 30, 22 ficarão detidos durante dois meses e oito durante três dias", informou o Greenpeace, que pretende recorrer da decisão.
"Os advogados apresentarão um recurso para pedir a libertação imediata das pessoas detidas", destacou a ONG.
Os tripulantes do barco estão sendo investigados por "pirataria", um crime que pode ser punido com até 15 anos de prisão no país, pela tentativa de abordar uma plataforma da empresa Gazprom no Ártico para protestar contra os projetos de extração de petróleo na região.
Entre os tripulantes há 26 estrangeiros de 18 nacionalidades, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, e quatro russos, incluindo o repórter fotográfico Denis Siniakov.
"Estas decisões da justiça são uma relíquia de outra época, assim como a indústria petroleira russa", disse Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace International.
"Nossos militantes pacíficos estão na prisão por terem revelado as atividades perigosas da Gazprom", completou.
O porta-voz da Gazprom, Serguei Kuprianov, afirmou que o Greenpeace atuou "de maneira totalmente ilegal".
O comitê de investigação russo, principal órgão de investigação penal do país, quer manter na prisão toda a tripulação do "Arctic Sunrise" até o fim do processo.