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Londres e Edimburgo concordam sobre referendo na Escócia

O acordo foi fechado após um período de fortes tensões entre o governo de Londres e o primeiro-ministro do governo autônomo da Escócia, o nacionalista Alex Salmond

Bandeira da Escócia: segundo pesquisa publicada por jornal, 28% dos escoceses votariam a favor da independência, enquanto 53% são contrários à separação (Getty Images)

Bandeira da Escócia: segundo pesquisa publicada por jornal, 28% dos escoceses votariam a favor da independência, enquanto 53% são contrários à separação (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 21h05.

Londre - O governo do Reino Unido e o executivo autônomo da Escócia chegaram a um acordo sobre a realização de um referendo para a independência da Escócia que limita a consulta a uma pergunta e que diminui a idade mínima de votação para 16 anos, revelou nesta terça-feira a rede "BBC".

O acordo apresenta "concessões de ambas as partes" e espera-se que seja anunciado oficialmente na próxima segunda-feira em Edimburgo. O acordo foi fechado após um período de fortes tensões entre o governo de Londres e o primeiro-ministro do governo autônomo da Escócia, o nacionalista Alex Salmond.

Segundo as informações da "BBC", o Partido Nacionalista Escocês (SNP), que governa a Escócia, aceitou desistir da opção de uma segunda pergunta no plebiscito, que colocaria a possibilidade de permanecer no Reino Unido, mas com mais autonomia e competências para o governo de Edimburgo.

Por outro lado, o governo britânico, liderado pelo conservador David Cameron, retirou sua oposição em diminuir a idade de votação para os jovens de 16 e 17 anos, como reivindicava Edimburgo.

O acordo alcançado após a negociação realizada durante as últimas semanas por parte da vice-primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, e o ministro britânico para a região autônoma, Michael Moore, será apresentado "como um acerto que supõe concessões de ambas as partes", segundo a "BBC".


Salmond anunciou no mês de janeiro a realização de um referendo sobre a independência da Escócia para o segundo semestre de 2014, que não descartava a opção de uma segunda pergunta sobre a concessão de maiores competências e autonomia como alternativa à separação do Reino Unido.

O governo britânico se mostrou contrário à opção alternativa e que a consulta fosse realizada em 2014, o que aumentou as tensões entre Edimburgo e Londres.

A última pesquisa publicada nesta semana pelo jornal escocês "Scottish Herald" mostrou uma queda na opção pela independência.

Segundo a pesquisa, 28% dos escoceses votariam a favor da independência, enquanto 53% são contrários à separação.

No início do ano, quando Salmond lançou o plano para o referendo, os partidários da independência chegaram a se igualar aos que se mostravam contrários. 

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