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Lésbicas são chicoteadas em público por "violar leis islâmicas" na Malásia

Grupos a favor dos direitos humanos descreveram como castigo "cruel e injusto" e advertem sobre o retrocesso na Malásia dos direitos dos LGBTs

Vista aérea de Kuala Lumpur, na Malásia (Lam Yik Fei/Bloomberg)

Vista aérea de Kuala Lumpur, na Malásia (Lam Yik Fei/Bloomberg)

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Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 09h15.

Última atualização em 3 de setembro de 2018 às 09h18.

Bangcoc, 3 set (EFE).- Duas mulheres receberam nesta segunda-feira seis chicotadas cada um após serem condenadas por tentar manter relações homossexuais, em violação das leis islâmicas estritas que aplicam apenas à população muçulmana na Malásia.

A sentença, proferida no mês passado, foi lida com portas fechadas na Alta Corte de Kuala Terenggan, na província de Terenggan, relata o jornal "The Star".

As mulheres foram presas pela Polícia Islâmica em abril, quando estavam em um carro estacionado em uma praça pública.

Ambas também foram condenadas a pagar uma multa de 3.300 ringgits (US$ 800).

Grupos a favor dos direitos humanos descreveram como castigo "cruel e injusto" e advertem sobre o retrocesso na Malásia dos direitos dos LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e o aumento da intolerância.

A federação da Malásia tem um sistema legal duplo pelo qual certos assuntos, tais como aqueles relacionados ao Islã, são legislados pelos diferentes governos estaduais.

Em mais da metade dos 14 estados do país, as autoridades locais impõem castigos corporais regidos pela Sharia, ou lei islâmica, e existe uma espécie de Polícia moral, conhecida como "Jawi". EFE

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