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Israel volta atrás e autoriza visita da deputada democrata Rashida Tlaib

A pedido de Trump, Israel tinha proibido a entrada das duas deputadas democratas que defendem o boicote às ações israelenses

Israel: a deputada democrata Rashida Tlaib pediu para visitar sua família na Cisjordânia (Rebecca Cook/Reuters)

Israel: a deputada democrata Rashida Tlaib pediu para visitar sua família na Cisjordânia (Rebecca Cook/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 09h12.

Jerusalém - Israel informou nesta sexta-feira que permitirá que a deputada democrata Rashida Tlaib entre no país para visitar sua avó no território palestino ocupado da Cisjordânia, depois do veto determinado ontem pelo governo, que também afetava sua colega Ilhan Omar, por defesa ao boicote às ações israelenses.

O Ministério de Interior, liderado por Aryeh Deri, aprovou o pedido de visita humanitária de Tlaib e afirmou que esta "enviou ontem à noite uma carta ao ministro Deri na qual prometeu cumprir com os pedidos de Israel, respeitar os limites impostos à visita e não promover o boicote contra Israel durante a mesma", afirmou um comunicado divulgado pelo jornal Haaretz.

Tlaib, filha de palestinos, escreveu ontem uma breve carta a Deri. "Eu gostaria pedir permissão a Israel para visitar meus parentes, especificamente a minha avó, que tem mais de noventa anos e vive em Beit Ur al-Fauqa. Esta poderia ser a minha última oportunidade de vê-la. Respeitarei qualquer restrição e não promoverei boicotes contra Israel durante a minha visita".

Deri e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmaram ontem o veto às duas congressistas democratas, após forte pressão nesse sentido do presidente Donald Trump.

A decisão foi divulgada pouco depois de Trump dizer em um tweet que Israel "mostraria grande fraqueza" se permitisse a entrada das congressistas, que protagonizaram fortes embates com a Administração republicana e às quais o presidente americano acusa de "odiar a Israel".

Tanto Tlaib como Omar se mostraram em repetidas ocasiões a favor do movimento BDS, o que legalmente permite ao país vetar a entrada em função de uma lei aprovada em 2017.

Netanyahu garantiu que o itinerário detalhado da viagem prevista por ambas deixava claro que "o único propósito da viagem era danificar Israel e aumentar a incitação contra" o país.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) classificou o veto de "escandaloso ato de hostilidade contra o povo americano e seus representantes" e afirmou que "Israel, sendo a potência ocupante ilegal na Palestina, não tem direito a impor tal proibição".

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