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Israel anuncia morte de Mohamed Abu Itiwi, comandante da unidade de elite do Hamas

Forças de Defesa de Israel confirmam a morte de Mohamed Abu Itiwi, comandante do Hamas em Gaza, aumentando a tensão na região; veja consequências e reações

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de outubro de 2024 às 17h40.

Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 17h57.

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As Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet, a agência de segurança interna do país, anunciaram nesta quinta-feira, 24, a morte de Mohamed Abu Itiwi, comandante da força Nukhba, unidade de elite do grupo islâmico palestino Hamas na região central da Faixa de Gaza.

Israel alega que Abu Itiwi esteve envolvido nos ataques de 7 de outubro de 2023 que desencadearam a atual guerra em Gaza e que ele estava empregado desde 2022 pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Segundo Israel, essa agência está amplamente infiltrada por integrantes do Hamas.

Ataque de 7 de outubro e a atuação de Abu Itiwi

Abu Itiwi, que teria morrido ontem, era o comandante da força Nukhba no Batalhão de Bureij, na região central da Faixa de Gaza. De acordo com Israel, durante os atentados de 7 de outubro de 2023, ele liderou o ataque a um abrigo antibombas em Reim, onde vários dos participantes do festival de música Nova haviam se escondido. No abrigo, foram mortas 16 pessoas e quatro foram levadas vivas como reféns, incluindo o americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, morto em 31 de agosto juntamente com outros cinco reféns. Apenas sete pessoas sobreviveram no abrigo.

Acusações contra a UNRWA e reações internacionais

Israel afirma que cerca de 2,1 mil funcionários da UNRWA pertencem ao Hamas e acusou 12 deles de envolvimento ativo nos ataques de 7 de outubro. Em resposta, a agência abriu uma investigação interna e demitiu os funcionários acusados, mas alegou que Israel não apresentou provas conclusivas de envolvimento nos ataques.
Uma investigação independente, realizada pela ex-ministra das relações exteriores da França, Catherine Colonna, em março, endossou a neutralidade da atividade humanitária da UNRWA, mas encontrou “áreas críticas”.

Consequências do corte de financiamento

Após as acusações de Israel, 18 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Japão e França, suspenderam o financiamento à UNRWA, gerando um corte orçamentário de US$ 450 milhões. No entanto, a maioria dos países retomou o financiamento meses depois, alegando inconsistência nas evidências apresentadas por Israel.

O governo de Israel tem buscado expulsar a UNRWA do território israelense, além de propor projetos de lei para declarar a organização como “terrorista”.

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