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Indicado de Biden para CIA diz que China é "adversária autoritária"

Burns, de 64 anos, ex-diplomata de carreira em governos democratas e republicanos, deve obter com facilidade a confirmação para se tornar diretor da CIA

William Burns em audiência no Senado dos EUA (Tom Williams/Pool/Reuters)

William Burns em audiência no Senado dos EUA (Tom Williams/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 16h58.

O indicado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), William Burns, disse nesta quarta-feira a um comitê do Senado que vê a competição com a China, e a contraposição à sua liderança "antagonista e predatória", como essencial para a segurança nacional norte-americana.

Burns, de 64 anos, ex-diplomata de carreira em governos democratas e republicanos, deve obter com facilidade a confirmação para se tornar diretor da CIA. Ele já foi confirmado pelo Senado cinco vezes para atuar como embaixador na Jordânia e na Rússia e para três cargos graduados no Departamento de Estado.

Ao depor ao Comitê de Inteligência do Senado, Burns delineou suas quatro prioridades se for confirmado: "pessoas, parcerias, China e tecnologia".

"Superar a China será essencial para nossa segurança nacional nos dias à frente", disse Burns.

Ele classificou a China como "adversária autoritária e formidável" que está fortalecendo sua capacidade de roubar propriedade intelectual, reprimir seu povo, ampliar seu alcance e criar influência dentro dos EUA.

Durante o questionamento, Burns disse que, se fosse presidente de uma faculdade ou universidade dos EUA, recomendaria o fechamento dos Institutos Confúcio – centros culturais financiados por Pequim que muitos membros do Congresso veem como ferramentas de propaganda.

Burns afirmou que ameaças "familiares" persistem, inclusive da Rússia, da Coreia do Norte e do Irã. Ele ainda disse que a mudança climática, questões de saúde globais e ameaças cibernéticas são grandes riscos e que uma "liderança chinesa antagonista e predatória representa nosso maior teste geopolítico".

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