Presidente Lula ao lado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 5 de julho de 2024 às 17h00.
Última atualização em 5 de julho de 2024 às 17h48.
Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira, o repasse de US$ 47 milhões ao Fundo Amazônia. O valor completa a primeira parcela, de US$ 50 milhões, como parte do compromisso de US$ 500 milhões, assumido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em abril de 2023.
"A administração Biden continuará a trabalhar com o Congresso americano para solicitar e garantir o financiamento remanescente para o Fundo e atividades relacionadas até 2028", informou, em nota, a embaixada americana em Brasília.
No texto, os EUA parabenizam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo "extraordinário sucesso" na redução do desmatamento na Amazônia pela metade em 2023 — alcançando o nível mais baixo desde 2018. O combate à crise climática, destaca a nota, é um pilar da parceria entre os dois países.
"Estamos orgulhosos de apoiar esses esforços para combater o desmatamento, fortalecer a conservação e promover oportunidades sustentáveis para comunidades indígenas, ribeirinhas e outras comunidades tradicionais na Amazônia e em outras regiões".
Com o repasse de mais recursos para o Fundo, o governo Biden reforça a parceria com o Brasil na área ambiental e no campo político. Lula já declarou, mais de uma vez, apoio à reeleição de Joe Biden neste ano.
No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Fundo Amazônia foi suspenso por divergências em sua administração com os países doadores. Assim que Lula tomou posse, além do retorno de Noruega e Alemanha, outras nações se prontificaram a ajudar na preservação da floresta, como EUA, Reino Unido, Suíça e Japão.
O meio ambiente é um dos pontos usados na campanha de Joe Biden para se reeleger, em uma tentativa de se diferenciar de seu adversário, o ex-presidente Donald Trump. Uma das medidas tomadas por Trump quando estava na Casa Branca foi sair do Acordo de Paris — compromisso assumido pelos países para a redução dos efeitos do aquecimento global.
O Fundo Amazônia é usado para financiar projetos para combater o desmatamento na Amazônia e, ao mesmo tempo, desenvolver a região. O maior doador é a Noruega, que no mês passado repassou US$ 50 milhões ao Brasil, valor que compôs um estoque de mais e US$ 1 bilhão. A Alemanha também é um com colaborador histórico.