Dorian: furacão perdeu força e caiu de categoria (Christian Koch/NASA/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 3 de setembro de 2019 às 09h42.
Última atualização em 3 de setembro de 2019 às 14h09.
Miami — A intensidade dos ventos do furacão Dorian caiu para 175 km/h, equivalente à categoria 2 na escala Saffir-Simpson, embora seu tamanho tenha aumentado nas últimas horas, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Dorian, que chegou a ser categoria 5 na escala que mede os furacões pela intensidade de seus ventos, com 295 km/h quando estava no último domingo sobre o norte das Bahamas, perde força rapidamente enquanto se afasta da costa leste da Flórida (EUA).
Segundo o último boletim do NHC, divulgado às 11h (horário local, 12h de Brasília), nesse momento o olho do ciclone movia-se para o noroeste a 4 km/h, embora esperasse acelerar sua velocidade ainda hoje.
Nesta terça, seguirá para o norte, enquanto avança em paralelo para a costa da Flórida e antes de ameaçar a costa dos estados da Geórgia e Carolina do Sul e o da Carolina do Norte, na próxima quinta-feira.
Os dados coletados pelos aviões de reconhecimento indicam que o vento máximo sustentado é agora de 175 km/h com rajadas mais altas, intensidade que será mantida, segundo o NHC, nas próximas 48 horas.
Apesar dessa perda de intensidade, o furacão está expandindo sua zona de perigo, já que os ventos do furacão se estendem até 95 km do seu centro.
O furacão Dorian, que deixou pelo menos cinco mortos nas Bahamas, enfraqueceu nesta terça-feira e agora é uma tempestade de categoria 2, mas continua a representar perigo enquanto prossegue em direção à costa sudeste dos Estados Unidos, informaram os meteorologistas americanos.
O Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami, disse que o furacão Dorian, que estava estacionado nas Bahamas, foi rebaixado de tempestade categoria 3 para categoria 2 na escala de ventos de cinco níveis.
As previsões são de que o furacão se aproxime da costa leste da Flórida na noite de hoje (3) para amanhã e depois siga para a costa da Carolina do Norte e da Geórgia, nesta quarta-feira à noite.
Ontem, o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, disse que pelo menos cinco pessoas morreram nas ilhas Ábaco, o primeiro ponto do arquipélago atingido pelo furacão Dorian, quando ainda estava na categoria 4.
Minnis informou ainda que há cerca de 20 feridos, bem como pessoas na ilha próxima Grande Bahama em sérias dificuldades.
Ruas inundados, telhados e árvores arrancados dão uma ideia da violência da tempestade.
O primeiro-ministro das Bahamas afirmou que a passagem do Dorian pelo arquipélago é uma "tragédia histórica".*Emissora pública de televisão de Portugal.
Ao menos 61.000 pessoas afetadas pelo furacão Dorian nas Bahamas precisam de ajuda alimentar, informou a ONU, que espera autorização do governo para fazer uma avaliação no local.
"Em termos de coordenação, a Agência Caribenha de Gestão de Emergências e Desastres (CDEMA) comanda a resposta humanitária", declarou o porta-voz do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU, Jens Laerke, em Genebra.
O porta-voz do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Herve Verhoosel, afirmou que a agência da ONU calcula que 14.000 pessoas precisam de ajuda alimentar na ilha Ábaco e 47.000 na ilha Grande Bahama.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que está preparada para enviar as brigadas médicas de urgência.
O furacão Dorian deixou pelo menos cinco mortos na segunda-feira nas Bahamas e seguia lentamente em direção aos Estados Unidos.