Stefanopoulos: líder conservador era elogiado por sua tendência conciliatória (Kremlin/Reprodução)
EFE
Publicado em 21 de novembro de 2016 às 08h53.
Atenas - O ex-presidente da Grécia, Kostis Stefanopoulos, morreu neste domingo aos 90 anos devido a uma falha múltipla dos órgãos no hospital Henry Dunant, no centro de Atenas, onde foi internado na quinta-feira passada por causa de uma infecção respiratória.
Stefanopoulos, de ideologia conservadora, esteve no cargo entre 1995 e 2005 e se destacou por sua linha conciliadora, tanto que durante seu mandato se manteve sempre como o político melhor avaliado da Grécia.
Foi o encarregado de inaugurar oficialmente os Jogos Olímpicos de Atenas em 13 de agosto de 2004, ano durante o qual fez, além disso, o gesto inédito de receber o antigo rei Constantino II pela primeira vez desde sua expulsão do trono em 1973.
Nascido em Patras em 1926, Stefanopoulos, advogado de formação, se tornou deputado pela primeira vez em 1964 e, após a ditadura, foi reeleito para o Parlamento pelo partido conservador Nova Democracia quatro vezes ente 1974 e 1985, sendo seu porta-voz parlamentar entre 1981 e 1985 e com o qual ocupou diversos postos ministeriais.
Em 1985 se distanciou do partido conservador e formou sua própria força política, com a qual foi de novo eleito deputado em 1989, e da qual foi presidente até que esta se dissolveu em 1994.
Em 1995, graças ao apoio fundamental do partido governante na época, o socialista Pasok, e a uma cisão da Nova Democracia comandada pelo futuro primeiro-ministro Antonis Samaras, foi eleito presidente; em sua reeleição em 2000 contou com os votos de 269 dos 298 deputados do Parlamento.
Em 2005 deixou o cargo nas mãos de seu sucessor, Karolos Papoulias.
A Nova Democracia declarou em comunicado que Stefanopoulos deixa para trás um legado de "imparcialidade, moralidade e integridade" com o qual ganhou o "reconhecimento de amigos e rivais".