Mundo

Europeus discutem expropriação da petrolífera por argentinos

No que depender dos europeus, o caso será levado para definição na Organização Mundial do Comércio

O assunto é tema da discussão coordenada pela chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, com os ministros dos negócios estrangeiros, em Luxemburgo (Getty Images)

O assunto é tema da discussão coordenada pela chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, com os ministros dos negócios estrangeiros, em Luxemburgo (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2012 às 10h03.

Brasília – A União Europeia (UE), formada por 27 países, pediu hoje (23) ao governo da Argentina para rever a decisão sobre a expropriação da YPF, petrolífera espanhola, sob risco de destruir os investimentos estrangeiros no país. No que depender dos europeus, o caso será levado para definição na Organização Mundial do Comércio (OMC) para combater as medidas protecionistas na Argentina.

Os apelos da União Europeia foram encaminhados à Argentina por meio de carta, enviada pelo comissário europeu para assuntos humanitários, Karel De Gucht. "A expropriação das ações da Repsol na YPF se juntam a uma lista crescente de decisões problemáticas tomadas recentemente pela Argentina na área do comércio e do investimento", disse.

Segundo o comissário, as medidas relacionadas com a expropriação da petrolífera são "incompatíveis" com as normas da OMC e geraram "efeitos adversos significativos" nas exportações europeias para a Argentina em várias áreas. A União Europeia é o principal investidor estrangeiro na Argentina com aportes chegando a mais de 50% dos investimentos externos no país.

O assunto é tema da discussão coordenada pela chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, com os ministros dos negócios estrangeiros, em Luxemburgo. Ashton disse que a Argentina deve respeitar suas "obrigações internacionais". “É importante [a Argentina] não terminar em uma posição em que se destruam investimentos diretos estrangeiros [no país]", disse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Luxemburgo, Jean Asselborn, disse que os europeus têm de ser “solidários” à Espanha e que não se pode aceitar expropriações que prejudiquem os integrantes da União Europeia.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaEmpresasEmpresas espanholasEuropaIndústria do petróleoRepsol YPFUnião Europeia

Mais de Mundo

Partido Liberal Democrata do Japão deve perder maioria parlamentar, segundo projeção da "NHK"

Natal, medo e isolamento internacional: a Venezuela três meses após eleições

Nobel da Paz Narges Mohammadi é hospitalizada após semanas sem tratamento médico

'Talvez seja meu último voto', diz Mujica sobre as eleições no Uruguai