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EUA voltam a descumprir acordo do algodão

Após processo movido pelo Brasil, a OMC condenou os subsídios americanos aos produtores de algodão

Na última reunião bilateral sobre o acordo do algodão no início de março em Brasília, os negociadores brasileiros fizeram perguntas sobre o impasse na carne bovina, mas os americanos não deram nenhum prazo (Stock Exchange)

Na última reunião bilateral sobre o acordo do algodão no início de março em Brasília, os negociadores brasileiros fizeram perguntas sobre o impasse na carne bovina, mas os americanos não deram nenhum prazo (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 12h09.

São Paulo - Os atrasos dos Estados Unidos em cumprir os compromissos assumidos com o Brasil no acordo do algodão provocam constrangimentos entre os dois lados. O problema agora é com a carne bovina. O tema pode ser incluído na visita do presidente Barack Obama neste fim de semana. Os EUA estão adiando o início da consulta pública sobre a abertura de seu mercado para a importação de carne bovina brasileira. Pelo acordo do algodão, selado entre Brasil e EUA, isso deveria ter ocorrido até 31 de janeiro, mas ainda não foi feito.

Após processo movido pelo Brasil, a Organização Mundial de Comércio (OMC) condenou os subsídios americanos aos produtores de algodão. Como os EUA não retiraram o apoio, a OMC autorizou o Brasil a retaliar, elevando tarifas de importação para produtos americanos.

O Brasil concordou em suspender a retaliação até 2012, depois que os EUA ofereceram algumas contrapartidas, como um processo transparente de abertura do seu mercado para as carnes brasileiras. O trâmite está praticamente concluído para a carne suína, mas não avançou para a carne bovina.

Na última reunião bilateral sobre o acordo do algodão no início de março em Brasília, os negociadores brasileiros fizeram perguntas sobre o impasse na carne bovina, mas os americanos não deram nenhum prazo. "Evidentemente que o assunto incomoda. Estamos negociando a liberação do mercado americano para a carne bovina desde 1999. É tempo demais e esperamos a cooperação das autoridades americanas", disse Roberto Azevedo, embaixador do Brasil em Genebra e principal negociador do acordo do algodão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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