Mundo

EUA prendem mais de 132 mil na fronteira com México em maio

Segundo o Escritório de Alfândegas e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), do total das detenções, 11,5 mil eram menores de idades não acompanhados

Estados Unidos: em meio à discussão sobre aumentos da tarifa aos produtos mexicanos, os EUA anunciaram a detenção de mais 132 mil imigrantes na fronteira com o país vizinho (Lucas Jackson/Reuters)

Estados Unidos: em meio à discussão sobre aumentos da tarifa aos produtos mexicanos, os EUA anunciaram a detenção de mais 132 mil imigrantes na fronteira com o país vizinho (Lucas Jackson/Reuters)

E

EFE

Publicado em 5 de junho de 2019 às 17h58.

Washington - O governo dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (5) que prendeu 132,8 mil imigrantes na fronteira com o México em maio, superando as 99,3 mil detenções feitas em abril.

As informações foram divulgadas pelo Escritório de Alfândegas e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP). Do total, 11,5 mil eram menores de idades não acompanhados por familiares ou responsáveis.

Além disso, foram presos 36,6 mil adultos sozinhos e 84,5 mil "unidades familiares". O governo americano enquadra nesta categoria adultos migrantes acompanhados por pelo menos um menor de idade.

Desde o início do atual ano fiscal, que começou em outubro, os EUA apreenderam 593,5 mil migrantes na fronteira com o México. As "unidades familiares" lideram a estatística, com 332,9 mil.

O CBP também revelou que 11,3 mil pessoas foram impedidas de entrar no país, o que elevaria para 144,2 mil os casos de migrantes detidos ou proibidos de cruzar a fronteira pelas autoridades.

Os dados foram divulgados depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ameaçado impor tarifas sobre produtos importados do México. A medida seguirá em vigor, segundo ele, até que o governo de Andrés Manuel López Obrador contenha o fluxo de migrantes na fronteira.

Em comunicado, a Casa Branca informou que as tarifas, inicialmente de 5%, entrarão em vigor no próximo dia 10 de julho. Caso a situação persista, elas poderão ser elevadas a até 25%.

A ameaça de Trump gerou uma série de incertezas sobre o comércio entre os dois países, um dos mais dinâmicos do continente, e colocou em xeque a ratificação do T-MEC, o acordo para substituir o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)México

Mais de Mundo

Parlamento de Israel aprova lei que bane agência da ONU para palestinos

China reforça controle sobre minerais raros essenciais para fabricação de chips de computador

EXAME terá pesquisas exclusivas nos estados decisivos para a eleição dos EUA

EXCLUSIVO: Trump tem 48% e Kamala, 47% em Nevada, diz pesquisa EXAME/Ideia