Mundo

EUA enfrentam caos no clima: calor extremo afeta o Leste e Meio-Oeste sofre inundações

Temperaturas acima da média atingiram quase todo o país. Nova York recebe alerta de tornado

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 24 de junho de 2024 às 07h45.

Última atualização em 24 de junho de 2024 às 08h25.

Os Estados Unidos começam a semana sob clima extremo. Um terço da população, cerca de 100 milhões de pessoas, sofre com uma das mais longas e severas ondas de calor registradas no país. Ontem, recordes de temperatura foram quebrados. Porém, em estados do Meio-Oeste, principalmente Iowa e Dakota do Sul, o problema é a chuva torrencial, que deixou cidades inundadas. E Maine, Massachusetts, New Hampshire e Vermont receberam, assim como Nova York, alerta de tornados, incomum nestes estados do Leste americano.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) alertou que, mesmo passada a onda, o país continuará a sofrer os impactos do calor na saúde, com agravamento de doenças. Segundo o New York Times, a região da Nova Inglaterra registrou um aumento de 833 para 100 mil atendimentos de emergência relacionados o calor na semana que passou, o maior número medido no país.

Bolha quente

Nas faixas de calor severo e extremo (os dois níveis mais altos numa escala de quatro do Serviço Nacional de Meteorologia) estão algumas das maiores cidades dos EUA. Nova York, Baltimore,
Filadélfia e a capital Washington estão todas no nível máximo, o extremo, com temperaturas superiores a 35 graus Celsius e sensação térmica maior que 40 graus Celsius. A Filadélfia chegou a 36,6C, batendo em um grau o recorde de 1888. Muitas cidades estão até 6 graus acima das máximas para o início do verão.

O calor que começou há uma semana, antes do início do verão no Hemisfério Norte, afeta em alguma medida praticamente todo o território continental dos EUA. As exceções são uma pequena faixa no norte da Costa Oeste, nos estados de Washington e Oregon; Minnesota e o norte do Wisconsin.

O Serviço Nacional de Meteorologia disse que a temperatura deve começar melhorar a partir de amanhã. Mas até lá, os americanos, sobretudo na superpovoada região que vai de Nova York a Washington, seguirão com os termômetros na faixa de 35C, podendo chegar a 40C.

A onda de calor é causada por um domo quente, uma enorme área de alta pressão atmosférica. A pressão elevada empurra o ar para baixo e o esquenta por compressão.

A ciência já havia previsto que domos quentes se tornariam maiores e mais duradouros devido a mudanças climáticas. Nos últimos anos, as ondas de calor se tornaram mais longas, frequentes e severas. Em algumas regiões essa é a onda mais longa em décadas.

Nas regiões em que o domo quente começou a enfraquecer, a chuva voltou a cair com força. Em Iowa, 21 cidades ficaram alagadas. Em Dakota do Sul vários rios transbordaram e uma pessoa morreu. O NWS emitiu um alerta de tornados e chuvas torrenciais para o Leste do país, incluindo cidades como Nova York.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Mudanças climáticas

Mais de Mundo

Por que as inundações na Espanha deixaram tantos mortos?

Autoridades venezuelanas intensificam provocações ao governo Lula após veto no Brics

Projeto de energias renováveis no Deserto de Taclamacã recebe aporte bilionário da China

Claudia Sheinbaum confirma participação na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro