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Estados Unidos batem recorde de mortes por covid-19

Os Estados Unidos têm mais de 100.000 pessoas hospitalizadas com covid-19

Covid-19 nos EUA: taxa de hospitalizações se aproxima de 100.000 pacientes (Francine Orr / Colaborador/Getty Images)

Covid-19 nos EUA: taxa de hospitalizações se aproxima de 100.000 pacientes (Francine Orr / Colaborador/Getty Images)

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AFP

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 13h21.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 14h10.

Os Estados Unidos alcançaram um novo e triste recorde, com mais de 100.000 pessoas hospitalizadas com covid-19, embora, ao mesmo tempo, o mundo experimente avanços no campo médico e espere que as campanhas de vacinação comecem semana que vem no Reino Unido e na Rússia.

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É a primeira vez que se supera o teto de 100 mil internações nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, com mais de 273 mil dos quase 1,5 milhão de óbitos registrados no mundo.

O país também registrou mais de 2.700 novas mortes por covid-19 na quarta-feira, um nível diário que não via desde abril, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Além disso, somam-se 195.121 novos casos de contágio nas últimas 24 horas.

A crise do coronavírus será, a partir desta quinta-feira (3), o centro de uma reunião especial da ONU, da qual líderes como o francês Emmanuel Macron, a alemã Angela Merkel, o britânico Boris Johnson e o indiano Narendra Modi participarão virtualmente.

Outros presidentes, como o americano Donald Trump, o chinês Xi Jinping, o russo Vladimir Putin e o brasileiro Jair Bolsonaro, decidiram não participar.

Do outro lado do Atlântico, o governo britânico se tornou, na quarta-feira (2), o primeiro no mundo a aprovar o uso em massa da vacina teuto-americana da Pfizer/BioNTech, que estará disponível na próxima semana no país europeu mais enlutado pela pandemia, com quase 60.000 mortes.

100 milhões de vacinas nos EUA

Poucas horas depois do anúncio britânico, Putin pediu que comecem, no final da próxima semana, vacinações em "larga escala" contra o coronavírus. Serão gratuitas para os russos.

Desenvolvida pelo centro de pesquisas Gamaleia de Moscou, a vacina Sputnik V está na terceira e última fase de testes clínicos, com 40 mil voluntários. Seus criadores afirmam que é 95% eficaz, como o da Pfizer/BioNTech.

Nos Estados Unidos, a agência reguladora do setor de alimentos e remédios (FDA, na sigla em inglês) já recebeu pedidos de autorização para as vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna. Em caso de sinal verde, ambas poderão estar disponíveis em dezembro.

Com essas duas vacinas, o governo Trump prevê inocular 100 milhões de pessoas até o final de fevereiro.

Alguns profissionais da saúde, que têm prioridade para serem vacinados, têm dúvidas sobre as novas vacinas, alegando que não foram suficientemente testadas.

"Acho que vou me vacinar mais tarde, mas, por enquanto, desconfio", disse à AFP Yolanda Dodson, de 55 anos, enfermeira de um hospital no Bronx, Nova York.

"Os estudos realizados são promissores, mas os dados são insuficientes", descartou.

Embora se espere um salto nas infecções após a celebração do Dia de Ação de Graças na semana passada, as autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram reduzir para dez dias a quarentena para pessoas que tiveram contato com um caso positivo de coronavírus.

Ontem, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) informou um aumento de 30% nos casos de covid-19 no continente americano em um mês, ao comparar os números de novembro com os de outubro.

A agência também pediu que se melhore o atendimento aos afrodescendentes, afetados "de forma desproporcional" pela pandemia e que representam um quinto da população total das Américas.

América Latina e Caribe continua a ser a região do mundo com mais falecimentos por covid-19, com mais de 452.000 óbitos registrados.

Na Argentina, a Pfizer apresentou na quarta-feira a documentação para que as autoridades sanitárias autorizem o uso de sua vacina contra a covid-19.

Enquanto isso, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os critérios que exigirá para aprovar o uso emergencial de vacinas no país, o segundo com mais mortes no mundo (174.515).

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